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Olá pessoal, aqui é o Ricardo Vargas e esse é mais um podcast. Hoje eu quero falar sobre um tema que parece simples, mas é um dos maiores desafios de qualquer gerente de projetos é manter a calma quando as coisas parecem fora do controle ou quando existe uma volatilidade extremamente grande. É muito fácil perder o controle quando a gente está diante de um desafio, quando um projeto atrasa, quando o cliente muda de ideia, o orçamento começa a estourar. E nós não estamos falando de crise aqui. Nessas horas, a simples sensação de caos, ela transforma se num pânico geral. Ela toma conta e a primeira vítima na muitas vezes costuma ser o nosso próprio bom senso. E é por isso que eu quero dar algumas dicas para vocês. E a primeira delas é faça um choque de realidade, quando você está diante de uma situação como essa, para e se pergunte com franqueza assim, o que está realmente em risco? Só pense assim o que de pior pode acontecer, na verdade, porque muitas vezes a gente tende a maximizar o tamanho do problema. Qual o pior cenário possível e o que está dentro do meu controle agora? Essa análise vai ajudar a tirar um pouquinho a emoção do centro do problema e colocar os fatos de volta no foco. A segunda dica é separar o que é emocional do que é operacional. Todo mundo. E nesse ponto, eu me incluo completamente. A gente sente a ansiedade diante de um problema e agora as decisões tomadas no calor da emoção, elas costumam gerar muito mais problema. Sabe quando você está ali quente, vendo a volatilidade, vendo todos os problemas é muito mais fácil a gente tomar uma decisão errada no calor dessa emoção. Então eu digo o seguinte, eu adoro uma frase que especialistas em negociação falam sempre e em inglês chamado Go to the balcony. Vá para o balcão, vá para o balcão é o seguinte e criar um pequeno ritual onde você sai de você. Ali dá aquela pausa e começa a analisar toda a situação como se você não fosse você. Você fosse apenas um espectador assistindo um teatro, assistindo uma apresentação no qual você mesmo é um dos atores. Isso vai fazer com que você tenha uma percepção diferente do problema. E nesse mesmo ambiente, é hora de você respirar fundo, tomar um café. Saia da sala por cinco minutos ali estiver no calor da pressão e volte com mais clareza e com muito menos impulso. Lembre o impulso muitas vezes é um inimigo fortíssimo num ambiente como esse. A terceira dica é voltar ao básico do projeto. Uma das coisas que eu faço demais toda vez que eu me sinto muito perdido num projeto, muito, quando as coisas estão acontecendo com muita volatilidade, eu paro, volto lá nos documentos do escopo, volto lá e falo assim para que esse projeto existe mesmo? Para que que eu estou fazendo isso? Para que que eu tenho que fazer esse telefonema, que agora? Isso vai voltar, vai fazer com que você revise o escopo, os marcos, os objetivos. E muitas vezes essa confusão vem do excesso de ruído. O que acontece a gente vê. Hoje o nosso projeto tem ali a sua meta, a sua linha mestra, mas tem um trilhão de ruídos ao redor dele. Olhar novamente para os fundamentos vai ajudar você a se reconectar com o propósito desse trabalho. A quarta dica é buscar alguém de confiança e trocar uma ideia. Pode ser um colega, pode ser o patrocinador do projeto, pode ser um mentor. Eu tenho algumas pessoas que eu adoro conversar periodicamente, que me ajudam a dar clareza, que me ajudam a tirar um pouco o ruído que eu possa estar sentindo diante da volatilidade, diante da incerteza diante dos desafios. E essa conversa, ela pode trazer uma visão mais racional e menos emocional da situação, ajudando com que eu tome melhores decisões. A quinta dica é usar a comunicação como ferramenta de estabilidade. Muita gente some quando o problema aparece. Lembre se sempre disso. O problema aparece. As pessoas muitas vezes desaparecem. Isso só gera mais insegurança no time. Mesmo que você não tenha todas as respostas, fale com clareza, compartilhe o que você sabe e mostre que há um plano em construção. Transmita segurança, mesmo que você ainda esteja buscando as soluções, mesmo que ainda você não tenha todas as respostas. A sexta dica é lembrar que todo o projeto passa por turbulência. Não é só o seu. Nenhum projeto significativo chega ao final sem momentos difíceis. O que diferencia você como um gerente de projetos capaz é justamente a sua capacidade de atravessar esses momentos. Se fosse fácil, você não seria o gerente do projeto. Então é muito importante a gente ter esse equilíbrio, essa resiliência. A sétima é ter plano mas aceitar a incerteza. Cenários de contingência são fundamentais, mas se a gente tem uma rigidez total a gente acaba quebrando diante do imprevisto e acaba gerando uma frustração tremenda. É a oitava e última dica. É super simples, mas ela é super poderosa. É o seguinte, no meio dessa confusão toda, não esqueça de cuidar de você, dormir, comer, fazer pausas estratégicas. Isso não é um luxo, é uma ferramenta de autocontrole. Lembre se, eu já vi gerente de projetos esgotado, que perdeu a calma e sem a calma, acabou fazendo uma bobagem em cima de bobagem. E manter a calma não é negar o problema, é entender qual é a melhor forma de enfrentá lo. Então pensem sempre nessas dicas que eu estou dando para vocês. É muito fácil e muito mais fácil sair do controle do que manter o controle. Eu espero que esse episódio tenha sido útil para vocês diante de um momento tão turbulento como o que a gente tem vivido atualmente. E até semana que vem com mais um 5 Minutos Podcast.