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Olá pessoal, aqui é o Ricardo Vargas. Esse é mais um 5 Minutes Podcast. Eu acabei de chegar do PMI Summit 2025 em Phoenix, nos Estados Unidos, e sem dúvida nenhuma o grande destaque do evento foi o lançamento da nova edição do nosso principal código profissional, o Guia PMBOK, agora na oitava edição. E hoje eu quero compartilhar com vocês as minhas primeiras impressões. Eu consegui comprar uma cópia impressa, é óbvio. Baixei a minha cópia como membro do PMI e para dar uma olhada mais a fundo e eu consegui nos últimos dias dar uma lida praticamente total no guia e eu quero compartilhar algumas impressões com vocês. A primeira coisa logo de início eu acho que fica bem claro que o PMI ele ouviu a comunidade global. Essa edição ela tá mais limpa, mais prática e muito mais alinhada com a forma com que os projetos realmente são executados no nosso dia a dia. E começando pela base. Bem, essa atualização é uma das mais embasadas em evidências da história do PMI. Foram coletados quase 48.000 pontos de dados no mundo inteiro, além de duas rodadas de consulta pública. Para comparar, vamos dizer, arredondar. O conteúdo do guia é uma das principais mudanças que aparece na parte de mentalidade do guia. Primeiro, os 12 princípios da sétima edição, eles foram consolidados em seis princípios mais focados. Nós não estamos dizendo aqui que seis dos 12 foram escolhidos, Não. Os princípios agora eles englobam aqueles conceitos dos 12 princípios, mas agora com seis grupos muito mais focados, que servem para qualquer tipo de projeto, qualquer tipo de método, métodos híbridos, métodos iterativos, métodos incrementais, ou seja, que você possa eventualmente está praticando. A ideia é manter a essência do comportamento profissional, mas reduzir redundância e facilitar a aplicação prática no nosso dia a dia. E tudo isso reforça a mensagem central muito clara que me parece o PMI quiz está. Projetos existem para entregar valor e isso para mim. E eu escuto isso como se fosse uma música para mim. Não são apenas outputs. Não são apenas eficiências em prazo e custo, mas o resultado real que importa para as partes interessadas, ou seja, qual o valor daquele projeto no contexto dos objetivos que ele tinha. Agora, na parte mecânica dessa edição, é onde talvez a oitava edição brilha mais. Para quem estava sentindo falta da estrutura tradicional das edições mais antigas até edição seis, o PMI trouxe de volta um elemento familiar os antigos grupos de processos. Eles voltam agora chamado de Focus Area ou Áreas de foco em gerenciamento de Projetos. Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento, Controle, Encerramento. Agora o PMI muda a sua visão. Ele ao invés de dar uma ideia de encadeamento, iniciação, planejamento, execução, monitoramento, controle, encerramento, como num processo incremental. Ele mostra que esse conjunto de áreas de foco pode ser usado em todo tipo de projeto preditivo, ágil ou híbrido. Em seguida, a parte operacional. Ela é organizada em sete domínios de desempenho em gerenciamento de projetos. Esses domínios são uma evolução moderna das dez áreas de conhecimento do PMBOK na sexta edição. Não sei se vocês lembram. Integração, escopo, tempo, custo, qualidade, recursos, comunicação, risco, aquisição e partes interessadas. O que essas dez áreas viraram? Elas viraram governança, escopo, cronograma, finanças, partes interessadas, recursos e riscos. Nós não estamos dizendo que a parte de procurement deixou de ser feito, ou que a parte de comunicação deixou de ser feita. Nós vamos ver isso permeado dentro dessas, dentro desses domínios de desempenho, nós vamos ver que partes interessadas se somou à comunicação. Ou seja, nós vamos ver grandes características de comunicação dentro do contexto de partes interessadas. Nós vamos ver no próprio apêndice do Guia toda a parte de aquisições que a gente eventualmente precise fazer no projeto. É uma novidade que muita gente vai comemorar e eu sei que muita gente criticou bastante, apesar de eu eu ter gostado muito do PMBOK sete. Mas muita gente sentiu falta dos processos. Cadê os processos com os ITTOS ou inputs, tools and techniques e outputs ou entradas, Ferramentas e técnicas e saídas? E a oitava edição traz 40 desses processos atualizados dentro do que, dentro desses sete domínios e dentro das cinco áreas de foco. E aí você vai ter o que? Um conjunto que não é prescritivo. Ele não é obrigatório, mas eles oferecem uma orientação técnica sólida para apoiar a prática real. É uma coisa que me chama muito a atenção. E o que mais dessa vez e nesse guia, deu uma importância enorme para a parte de tailoring. Ela ficou muito mais forte. Em vez de tratar o ajuste como algo geral, o guia agora incorpora orientações de tailoring dentro de cada domínio, ou seja, dentro de cada um dos domínios governança, escopo, cronograma, finanças, parte interessada, recursos e riscos vocês vão ver o tailoring lá dentro com exemplos claros de como é que eu adapto o método ao contexto. Isso torna o guia muito mais prático e aplicável em qualquer ambiente. E o que é importante no fim das contas, o guia é PMBOK ele combina o porquê, princípios e foco em valor com o como processos, ferramentas e técnicas. O resultado é um guia mais completo, mais equilibrado e muito mais conectado com a realidade nossa de hoje. E antes de encerrar, é superimportante, porque eu fiquei muito feliz com esse, com esse PMBOK, eu queria dizer que esse podcast não é patrocinado. Eu não falo em nome do pai, apesar de ter uma longa história com minha mãe. Eu falo em meu nome. Essas reflexões são exclusivamente minhas. E vocês vão ouvir eu falando muito mais, com muito mais detalhe sobre essa edição do PMBOK. Mas eu queria deixar para vocês essas primeiras impressões para gente já começar a semana aí com o pé dentro desse novo guia. Espero que vocês tenham gostado desse episódio. Nos vemos na próxima semana com mais um 5 Minutes Podcast. Até lá, pessoal!