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Olá pessoal, aqui o Ricardo Vargas e bem-vindos a mais um 5 Minutes Podcast. Como gerente de projeto, muitas vezes nós nos sentimos sobrecarregados pela complexidade. A gente vê recursos se acumulando, reuniões se multiplicando e a clareza do que a gente está fazendo acaba desaparecendo. E por isso eu quero hoje trazer algo diferente. Um conjunto de princípios criado pelo designer e tecnólogo John Maeda, que eu tive a oportunidade de assistir no South by Southwest deste ano em Austin e foi uma das coisas mais legais que eu aprendi recentemente, de modo a me ajudar a trazer mais foco, mais fluidez e mais impacto nos meus projetos. E ele resume perfeitamente o desafio que nós enfrentamos na gestão de projetos. Como é que a gente corta o ruído e entrega o que realmente importa? E com isso eu decidi compartilhar com vocês rapidamente o que ele chama de dez leis da simplicidade que podem nos guiar para liderar projetos de uma forma mais simples, mais inteligente e mais eficaz. A primeira lei ou Lei um, é reduzir. No contexto dos projetos e significa eliminar tudo o que não contribui diretamente para a entrega de valor, funcionalidade, relatório e até mesmo reuniões. Foque no projeto mínimo, viável ou Mínimo Viable Project ou MVP, aquilo que precisa ser feito para avançar e ponto final. A regra dois é organizar. Quando tarefas e informações estão estruturadas de forma clara, seja por um Kanban ou um roadmap simples ou uma EAP.
A equipe trabalha mais rápido e com muito mais segurança. A Lei três é tempo. Use prazos curtos e fixos, como sprints e timeboxes para trazer urgência e evitar a ilusão que muitas vezes a gente tem de que o tempo é infinito e que a gente vai estendendo o nosso trabalho, até quando, vamos dizer no final, alguém briga pelo prazo. Lei quatro é aprender a cada lição aprendida, a cada retrospectiva ou feedback das partes interessadas. A gente tem que ter elas como uma oportunidade de melhorar e não apenas de fazer uma entrega. A Lei cinco é diferenças. Valorize o pensamento diverso na sua equipe, isso vai fazer com que você reduza pontos cegos e encontre soluções criativas e muito mais inteligentes. Eu adoro dizer o seguinte quando você tem dez pessoas que concordam em simplesmente tudo, poxa, nove delas são dispensáveis. Uma das coisas que eu mais gosto nas equipes é você ter a diferença, você ter pessoas que pensem diferente para exatamente você conseguir enxergar coisas que você não enxergaria antes. A Lei seis é contexto. Sempre conecte a sua tarefa lá embaixo, o seu pacote de trabalho ou uma pequena etapa de um sprint a um panorama maior. Por que esse projeto você está trabalhando, importa para a sua organização para os usuários que vão estar se beneficiando dele e até mesmo para o mundo? A Lei sete é a emoção, é entender que você não está trabalhando com máquinas, você está trabalhando com gente.
Comemore pequenas vitórias, reconheça o esforço e mantenha a motivação das pessoas, mesmo nas fases difíceis, porque é claro que fases difíceis vão acontecer. Então é só entender o seguinte por trás de cada desenvolvedor, por trás de cada operário, por trás de cada pessoa do departamento de marketing que está fazendo um lançamento de um produto, tem gente e gente precisa ser tratado como gente. A gente não é máquina. A Lei oito é confiança, é envolver a equipe desde o início, compartilhando rascunhos, mesmo que eles sejam imperfeitos, de modo a criar uma cultura onde a transparência vale mais do que a perfeição. Você não pode deixar com que as pessoas tenham medo de compartilhar uma informação que ainda é imperfeita e muitas vezes atrasar tudo, buscando uma perfeição que muitas vezes não vai existir. Então entenda que compartilhar alguma coisa, mesmo que não seja perfeita, é uma forma de confiança e isso faz com que o projeto ande muito melhor. A lei nove é fracasso. É entender que no trabalho com projetos, contratempos são inevitáveis, e aquelas pessoas que dizem assim nunca fracassei é porque nunca fez projeto. O que importa aqui é a velocidade com que a gente transforma o erro que cometeu em aprendizado. E a lei dez é superinteressante, chama se O Único. Ele diz o seguinte defina um único princípio que guia o seu projeto.
Algo que todos possam usar como uma bússola para a tomada de decisão. E ele também compartilha, junto com essas dez leis, três chaves da simplicidade que eu quero compartilhar com vocês. A primeira é esconder. Oculte a complexidade por trás de uma interface de comunicação limpa, templates simples, padrões super bem definidos. A segunda é abrir. Torne a documentação que você tem, acessível para todos que precisam de clareza. Não pegue essas documentações que você tem de projeto e guarde ela num cofre com 1 milhão de senhas, onde ninguém consegue saber o que está dentro daquela caixa preta oculta dentro do seu projeto. E a terceira é poder, é não confundir simplicidade com fraqueza. Muitas vezes o que é simples é mais focado, mais rápido e mais eficiente. Ou seja, na forma com que você fala, na forma com que você conduz, na forma com que você escreve. Simplicidade dá foco, velocidade e eficiência. E olha, pessoal, se esse conteúdo faz sentido para você, assim como fez para mim, eu sugiro a vocês muito visitar o site do John Maeda http://lawsofsimplicity.com. O site está repleto de ideias que vão muito além do design e que podem ser aplicadas diretamente ao nosso trabalho como gerente de projeto. Bem pessoal, espero que vocês tenham gostado desse episódio, pensem nessas leis e até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.