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Olá pessoal! Bem-vindos a mais um 5 Minutes Podcast. Aqui é o Ricardo Vargas e eu queria compartilhar com vocês o que eu estou aprendendo, o que eu estou vendo aqui na South by Southwest que acontece todo ano em Austin. E esse ano eu decidi vir. E esse é um evento que reúne música, cinema, tecnologia, marketing, ou seja, um evento gigantesco. São mais de 70.000 pessoas. É uma coisa surpreendente a quantidade de brasileiro, eu vou ousar dizer que devem ter cerca de 2000 brasileiros aqui participando. São assim centenas e centenas de palestras. Eu brinco assim se a gente pudesse clonar, a gente pudesse participar de tudo, a gente sem duvida nenhuma faria isso. Mas eu queria falar para o público, principalmente para o público voltado para projetos, um pouquinho das coisas que eu estou vendo aqui e algumas coisas eu já antecipei em outros podcasts sobre tecnologia e AI, mas assim, tem muita coisa assim é surpreendente. Sabe, muita coisa que me deixou assim muito, muito, vamos dizer, é vamos dizer, muito surpreso. Uma das coisas que mais me chamou a atenção aqui é a importância, aqui é um evento muito de futuro, então o foco meu aqui foi AI, tecnologia e principalmente geopolítica futuro tentar entender um pouco. Então eu tive a oportunidade de assistir a palestra inicial do MIT, do MIT Technology Review, falando sobre tendências e é claro, a pesquisa falou algumas coisas que eu já esperava, mas falou algumas coisas, assim como os pequenos modelos de linguagem, ao invés dos LLM que a gente está desenvolvendo, muita gente trabalhando em projetos de LLM, nós estamos falando em small language models, ou seja, você criar modelos de linguagem menores que consumam muito menos energia.
Uma das coisas que me chamou mais atenção foi numa das palestras que eu assisti hoje a pessoa falando assim: gente, para você ter um Large Language Model como ChatGPT que faz atividades bem, nós estamos falando em assim megawatts para poder produzir aquilo. O cérebro humano gasta 24 watts. E muitas vezes a resposta que a gente tem via um ChatGPT é a linguagem que a gente teria, lógico que a gente poupa tempo, mas a gente conseguiria no cérebro. Ou seja, o cérebro continua sendo um meio absolutamente eficiente para a gente decidir se comparado com isso. É claro que as tendências são diferentes, mas esse conceito de pequenos modelos de linguagem é bastante interessante. Outra coisa que se falou muito é, por exemplo, robótica, é uma coisa que me chamou a atenção e talvez seja a coisa que mais tenha me chamado a atenção, isso eu falo assim do ponto de vista de tendência e de projetos, ou seja, nós vamos ver muito projeto nascendo que vai é criar um link entre biologia, entre medicina e tecnologia. É uma coisa que eu sempre tinha na minha cabeça.
Olha só como é que são os paradigmas que a gente tem e que assim: ah uma IA e ia me permitir implantar um chip na minha cabeça. Estou dando um exemplo, né? Um chip na minha cabeça aqui e me desse ali uma capacidade adicional. Só que aqui uma das coisas que mais me chamou, e a palestra da Amy Webb falou isso e muitíssimo bem. É ela falando o seguinte: Não, nós estamos falando numa fusão. Então nós estamos falando o seguinte em criar um computador biológico. E prestem atenção, é o seguinte é você é extrair neurônios etc., cultivar esses neurônios, isso, virar um computador. Eu vou te dizer por que que eu estou compartilhando com vocês? Porque isso, na hora que eu ouvi isso, eu fiquei assim, uau! Bem, isso aí é muito, é muito fora da minha caixinha. E eu vou dizer que assim, eu sou uma pessoa que pesquisa bastante, ou seja, ver isso. A gente teve uma coisa assim muito marcante, por exemplo, em falar em criar computadores através dessas conexões. Nós estamos falando em wearables como relógios etc. biológicos, não, não estou falando em fazer, por exemplo, olha só uma pele de plástico para reparar o corpo humano. Mas eu estou falando em pegar um robô e construir uma pele biológica que seja capaz de revestir um robô que vai dar a esse robô uma aparência, uma feição, uma estrutura muito mais parecida com um humano.
É chocante gente, eu vou dizer que eu estou há três dias aqui e eu estou assim, juro! Eu vou escrever um newsletter sobre essa minha experiência, mas assim, são coisas muito disruptivas. E por que eu estou falando isso para a comunidade de projetos e para o público desse podcast? É porque é muito importante a gente entender o que está vindo por aí. Porque, como eu já falei um monte de vezes, nós somos os agentes. Isso tudo são projeto, são projetos. Você trabalha na indústria farmacêutica, se você trabalha numa empresa de biotecnologia, esse vai ser o projeto que o seu PMO vai estar cuidando. São outras coisas. E uma das coisas assim e que mais me chamou, ou seja, aqui, é muito multidisciplinar. Então nós tivemos falando em criação de Digital Twins ou Gêmeos digitais na NASA, onde ela cria gêmeo digital de rocha extraterrestre. Por quê? Porque quando você consegue capturar uma rocha extraterrestre, bem, isso é uma rocha. Se a gente pensar em termos econômicos, nós estamos falando em milhões e milhões e milhões de dólares para se ter noção. Então eu nunca vou poder fazer um estágio destrutivo nessa hora, porque se eu destruir essa rocha, eu estou destruindo. É isso que por exemplo, foi de um meteorito etc., que eu consegui capturar. Então, o que que acontece? Você faz ensaio não destrutivo e para fazer isso você usa como se fosse um tomógrafo.
Mas um tomógrafo que fica, assim tira e fatia em termos de imagem, aquilo de uma forma que ele reconstrói a rocha inteira para você fazer testes via computador, usando inteligência artificial. Então, isso foi uma das coisas mais espetaculares que eu vi nessa palestra da NASA falando disso. E o último ponto que eu falei no webinar recentemente que eu falei sobre AI, gente, vibe coding, se você está tá me ouvindo e trabalha com projetos de tecnologia e desenvolvimento de software. Eu com meu amigo Manoel, que estava comigo aqui, nós fizemos um aplicativo de internet em 15 minutos, no intervalo de uma sessão usando vibe coding, usando 100%, e eu vou dizer para vocês a minha habilidade de fazer código e de desenvolver, ela é próxima de zero. Eu fiquei assim. Eu vou dizer que eu não fiquei chocado. Eu falei assim: isso é uma disruptura que isso faz com que a gente questiona o seguinte: bem, será que eu vou ter que fazer storyboard para poder pensar na viagem do usuário? Sabe por quê? Porque hoje eu faço um código e eu vou gravar um podcast sobre isso. Eu vou conseguir desenvolver um código, conversando com código eu falo assim pega esse botão de ok, sobe ele um pouquinho mais para direita, não, não, melhor. Muda ele para a esquerda, para mim? E o código vai sendo atualizado automaticamente na medida que eu falo.
Isso é muito disruptivo, isso vai mudar o conceito de modelo ágil, onde o modelo ágil se aplica muito à tecnologia vai, vai mudar completamente, inclusive o que é ser um desenvolvedor de software, o que é uma empresa de software, o que é um projeto de software. Então são coisas que a gente está vendo que são disrupturas assim, muito, muito grandes. Um último assunto que eu queria compartilhar com vocês também é muito falando sobre a interface entre o homem e a tecnologia e como a tecnologia está ficando tão boa que tem muitas pessoas que estão entrando num loop achando que a tecnologia está virando, está ganhando a consciência e tá virando. E é por isso que as pessoas estão se apaixonando por chatbots. As pessoas estão ficando em casa, em chats, ao invés de conviver etc. Isso foi a palestra central do Scott Galloway, que foi para mim uma das melhores palestras. Isso tudo tá no YouTube, vocês podem ver falando sobre exatamente como esse impacto pegou, principalmente o público masculino, o homem de 25 a 30 anos, ou seja, como esse homem foi, foi capturado por essa percepção tecnológica ao ponto de ele não querer se relacionar com outras pessoas ao ponto de ele não querer ver, ou seja, isso muda um contexto social enorme e dentro da tecnologia. Bem pessoal, é lógico que esse podcast foi um podcast com um pouquinho mais caótico, mas eu só queria compartilhar com vocês porque eu acho que eu tenho obrigação de fazer essa provocação a todos vocês.
Eu queria sugerir entrem no site no YouTube da South by Southwest. Pessoal, é grátis, é grátis, não custa nada. Entra lá. Assistam algumas dessas palestras que eu falei, da Amy Webb, da Scott Galloway, da NASA. Assistam para vocês entenderem um pouquinho assim o futuro, que já não é um futuro tão distante. Nós estamos falando num futuro que provavelmente todo mundo que está me ouvindo aqui vai ver acontecer. E é um futuro com muita disruptura, com muitas disrupturas, tanto profissional quanto pessoal, etc. Eu acho que é muito importante a gente entender isso, para que a gente consiga posicionar melhor nós mesmos em termos de carreira e futuro do nosso próprio trabalho, que é uma coisa que me interessa muito, como também o futuro das organizações que a gente atua, sabe? Pensem nisso. E na semana que vem eu vou falar essa segunda parte do que eu vou ver entre hoje e a minha partida daqui. Mas não deixa de dar uma olhada nisso não. Acho que é importante para você, mesmo que a sua hora não seja tecnologia, não seja futurologia, não seja biologia. Se a sua área projeto, certamente de alguma forma você vai estar envolvido num projeto como esse. Pense nisso. Até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.