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Olá pessoal, aqui é o Ricardo Vargas e esse é mais um 5 Minutes Podcast. Hoje eu queria falar com você sobre um tema que eu tenho falado bastante, que é o conceito de gatilhos para a gente poder lidar com a incerteza e poder lidar com riscos. Muitas vezes o inesperado, muitas vezes o risco. Ele não ocorre como um fato assim, absolutamente anormal, repentino e súbito e inesperado. Muitas vezes, quando a gente vê um risco ou uma determinada incerteza acontecendo, ela dá alguns sinais, ela dá alguns indicativos. Queria usar só uma analogia igual quando a gente começa a pensar assim. Por exemplo, quando a gente vê uma tragédia, como um acidente aéreo etc. Muitas vezes aquele acidente ele não aconteceu subitamente. Ele foi o que? Uma sequência de eventos que aconteceram, ou seja, uma conjunção de eventos somada com uma muitas vezes incapacidade de resposta a esses eventos, que gera, por exemplo, uma tragédia. É difícil, muito difícil, você ter um evento que não deu nenhum alarme, sabe? Assim, um prédio cair sem dar rachadura. Uma pessoa, vamos dizer, perdeu o seu emprego sem existir absolutamente nenhum indicativo para isso. Sabe assim, um dia tá tudo lindo e no outro dia não tá nada lindo. Normalmente as coisas dão sinais. E por que eu estou falando isso? Porque uma das coisas que eu mais faço, tanto nos meus projetos quanto nas minhas próprias iniciativas, são avaliar esses indicadores que eu chamo aqui de gatilhos ou triggers.
Então, muitas vezes, por exemplo, as pessoas chegam e me falam assim Ricardo, o que vai acontecer com inteligência artificial? A minha resposta é sempre o seguinte Eu não sei, mas eu estou certo que alguma coisa grande vem vindo por aí e está vindo todo dia. E aí vocês vão falar assim mas como que você acompanha e responde a isso? Então, o que que eu faço? Eu desenvolvo esses gatilhos como eu leio inúmeras publicações relacionadas a esse tópico? Porque é um tópico que me interessa e eu filtro essas informações olhando o seguinte Qual dessas informações pode estar impactando diretamente o meu trabalho? Porque às vezes está existindo uma tendência, por exemplo, muito grande em fotografia, Ou seja, essa semana todo mundo fala de fotografia ou todo mundo está falando de música e isso, é lógico, vai impactar o meu trabalho, mas não é um impacto direto no meu trabalho. Agora, quando eu começo a ver notícias de ferramentas de produtividade, quando eu vejo notícias que a Microsoft está colocando com paletes no Office, você vai falar assim Mas, Ricardo, mas o que isso tem a ver com projetos? Isso tem tudo a ver com projetos, porque muito do que a gente faz em projetos utiliza softwares de produtividade, que seja o Excel, que seja o Trello, etc. Esse a Microsoft começa a desenvolver isso. Existe uma possibilidade enorme que que outras organizações possam fazer, Então isso é o que é um gatilho.
Isso é um indicativo. Assim, Ricardo, está vindo coisa por aí. Ou seja, muito provavelmente vão ter coisas relacionadas a Trello, a Monday, Asana, a ferramentas que vão envolver inteligência artificial. Bem, o que eu quis dizer com isso é que você tem que identificar o tipo de projeto que você faz, o tipo de incerteza, e você tem que começar a monitorar esses gatilhos. Você não consegue muitas vezes ter resposta para tudo, mas o gatilho vai te ajudar. O seguinte Opa, tá apontando nessa direção ou não está apontando nessa direção? Então as coisas assim, vamos dizer, antes de ferver, elas vão aquecendo. Elas não ficam assim congeladas e fervidas subitamente. Pode até acontecer, mas isso é muito, muito raro. A maior parte das vezes a gente tem sinais e esses sinais é o que nós, como gestores de projeto, precisamos ter. Eu usei esse exemplo de mas poderia ser o exemplo de um atraso numa entrega de um equipamento dentro do seu projeto. Imagine que você está próximo do Natal, próximo do fim de ano, próximo do ano novo, e você está ali no início de dezembro e seu fornecedor começa a perguntar se você vai ter férias coletivas. Bem, o que você precisa perceber quando você escuta uma pergunta como essa é assim, o meu fornecedor está preocupado realmente se eu vou ter férias coletivas e se a minha equipe está cansada ou o meu fornecedor está querendo saber isso porque muito provavelmente ele não vai conseguir entregar no prazo.
Isso vai adiar o ano seguinte. É essa malícia que nós, como gerentes de projetos, precisamos ter. Porque isso está acontecendo o tempo inteiro, eu garanto. Vocês vão escutar esse podcast aqui. E alguma coisa desse tipo vai acontecer hoje no trabalho de vocês. E você tem que ter essa malícia, porque esses são gatilhos. Aí você vai me perguntar mas atrasou a entrega? Não, ainda não atrasou. Mas aquilo ali, o que é um sinal amarelo, Sem dúvida nenhuma. Olha gente, eu já vi isso acontecer, gente. Milhões de vezes, milhões de vezes igual. Funcionário, por exemplo, crítico do seu projeto que está em vias de sair ou pedir demissão na maioria das vezes. Existem indicativos claros para isso muitas vezes. Às vezes a nossa, vamos dizer, incapacidade, faz com que a gente fique cego, cego para poder perceber isso. E muitas vezes a gente toma aquele susto porque? Porque a gente não viu o gatilho, a gente não viu o Trigger e o disparador que alguns dias atrás aconteceu ou alguns meses atrás aconteceu e você só está vendo o problema quando ele aparece na sua frente. Aí, é claro, trabalhar com esse problema e resolver esse problema é muito mais difícil. Pensem nisso nessa semana e até semana que vem com mais um Five Minutes Podcast.