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Olá pessoal, aqui é o Ricardo Vargas. Esse é mais um 5 Minutes Podcast. Eu queria compartilhar com vocês uma única dica sobre projetos problemáticos e quando as coisas dão errado. Esteja atento num dos principais sinais de que as coisas não andam bem no projeto. É claro que existem inúmeras, inúmeros outros sinais, mas tem um que eu acho que para mim é muito clássico e é talvez um daqueles que a gente mais desconsidera. A perda de suporte, a perda do suporte corporativo, à perda do suporte do patrocinador. Vocês já notaram que toda vez que a gente começa um projeto é sempre assim: Tamo junto! Vamos lá. Sabe aquela motivação se todo projeto, na maioria das vezes ele começa assim, com energia super alta, com uma vibração muito forte? Vamos lá, vamos. Qualquer coisa que você precisar, conte comigo, etc., etc. Mas vocês notaram que como o projeto não é algo fácil, no meio do caminho, essa emoção etc. Ela começa a diminuir. E essa diminuição é até normal. O que não é normal é quando você começa a perder o suporte. Então, uma das coisas assim na minha vida profissional e nos projetos que eu tive a oportunidade de participar assim é tão claro, mas tão claro quando essa perda de suporte começa a acontecer. E essa perda de suporte. Muitas vezes ela é desconsiderada por aqueles que estão gerenciando o projeto. Sabe aquela pessoa sabe aquele negócio assim? Ela não quer enxergar que o projeto está perdendo suporte, que talvez exista uma próxima onda, ou seja, uma nova ideia, um novo projeto que, vamos dizer, mais bonito, mais legal do que aquele projeto. Porque tem ideia, é muito legal. Agora implementar a ideia dá trabalho, mas dá muito trabalho. Então, o que acontece quando você vê e começa a ver os obstáculos em transformar aquela ideia em realidade acontecendo, muita gente fala assim Opa, pera aí, Não é isso que eu tô a fim, é de apoiar. E é claro, gente, toda a organização tem um fator político, ela tem um fator de conflito. Ela tem um fator, vamos dizer, de disputas internas e que no meio do caminho tá lá você tentando entregar seu projeto. Então, quais são as dicas que eu queria dar primeiro para vocês nisso? A primeira dica que eu queria dar é o seguinte nunca despreze ou negligencie essa característica. Ou seja, se você começou assim, eu tinha reunião toda semana, aí o pessoal não começou aí. Aí o pessoal não começou, o pessoal não tá indo. Pessoal, não pode, remarca, não vai. Manda alguém no lugar. Ou seja, eu nunca consigo. A gente pode saber que alguma coisa está acontecendo, você pode saber. Então, essa eu acho que é a primeira característica que a gente nunca negligenciar isso. Mas é claro que vocês vão me perguntar Sim, Ricardo. Ótimo. Eu não negligenciei. Eu percebi que esse problema existe. E aí, o que que eu faço? Bem, aí tem várias formas de você atuar. Eu queria dizer como eu gosto de atuar e eu prefiro o que a gente brinca na gíria, é muito, muito comum no Brasil. Assim, eu prefiro colocar o bode na sala. O que que é colocar o bode na sala? Eu prefiro chegar e falar assim: tá tendo algum problema com o projeto? Tá tendo algum problema? Está, mudando as prioridades etc. Por quê? Porque se for para cancelar o projeto ou se for para fazer alguma modificação no projeto, bem, faz parte, faz parte. Ou seja, é assim a primeira coisa que eu digo sempre assim toda vez que você está num buraco, a primeira coisa que você tem que fazer é parar de cavar. Então assim, não adianta. Então, eu, por exemplo, adoro chegar e colocar isso assim, na cara transparente. Então eu chego, claro, com toda educação, com tudo, falando assim olha, eu tô percebendo que esse projeto que começou com essa prioridade, ele já não ta tendo tanta prioridade assim e é preciso que a gente mude de alguma coisa. Preciso que a gente redirecione esse projeto de uma forma diferente. Esse tipo de pensamento é um pensamento proativo de quem está pensando no melhor resultado do projeto. Até mesmo quando o projeto não está nos seus melhores momentos. É nossa responsabilidade. É o que a gente chama de the day of care de preocupar com isso agora. Aí entra o terceiro ponto, é claro, gente. E eu sei que é muito fácil falar isso, mas quando você, o gerente do projeto, o seu emprego depende disso, seu trabalho depende disso. E as contas no fim do mês dependem desse projeto. E esse projeto perdeu o apoio. É claro que você tem uma tendência natural a se agarrar, se ancorar nisso. E assim eu entendo e é difícil. Agora, uma das coisas mais importantes que eu falo e eu falo até profissionalmente, foi uma coisa assim que me orientou muito ao longo do meu, do meu trabalho. É você criar as opções. Já falei isso 1 milhão de vezes, ou seja, você ter opções também. Porque quando você não tem opção, é a sua única opção é o projeto, é o projeto não está indo bem, está perdendo o apoio. Sabe o que que você tende a fazer? Você tende a abraçar aquele peso e ir para o fundo do mar com aquele peso abraçado em você? Ou você vai até o fim, mesmo que esse fim seja, vamos dizer, você ir para o buraco junto com o seu projeto. E isso não é saudável, não é legal. Traz um efeito devastador na sua carreira, traz um efeito devastador também dentro da organização. Então, por isso que eu. Uma coisa que eu aprendi muito e eu acho que fica a dica para vocês é assim quanto mais transparente, mais na cara você faz. Por mais que aquilo doa, é mais fácil é de você achar uma solução onde o seu projeto ou a parte do seu projeto que pode continuar seja salva e você também salve a sua reputação, o seu trabalho e encontre essas alternativas. Eu sei que isso tudo que eu falei para vocês não é fácil, porque quando um projeto está em crise, gente, ninguém quer que ele esteja em crise. E lembre-se se quando o projeto está em crise, não existe saída boa. Só existe a saída ruim é a saída péssima. O que a gente faz de tudo é para só tentar que seja ruim. Ou seja, não adianta a gente querer achar uma saída boa para uma solução de um projeto que está em crise, um projeto que está inviabilizado, um projeto que está tendo uma disputa política etc. Ou seja, não tem jeito de você fazer isso. E eu acho que vivendo nos momentos que a gente está vivendo hoje na sociedade, ou seja, com essa volatilidade geopolítica que a gente está tendo, muitas coisas que eram muito viáveis recentemente, hoje não são mais viáveis. E nós vamos ter que ter essa capacidade de nos adaptar. E quem conseguir se adaptar mais rápido, melhor, consegue chegar lá na frente de uma forma mais favorável. Pense nisso. E até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.