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Olá pessoal, aqui é Ricardo Vargas e esse é mais um 5 Minutes Podcast, eu peço desculpa para minha voz um pouco mais cansada porque eu acabei de chegar de viagem e a viagem foi bem mais longa do que eu esperava por causa de alguns atrasos. Mas sem dúvida nenhuma nesse retorno eu tive muito tempo para pensar sobre o que eu vi na South by Southwest, em Austin, onde eu fiquei, vamos dizer, praticamente tendo uma avalanche de informação. É como se você tivesse, sabe assim, bebendo água no hidrante. Então eu gastei assim os últimos dias, tentando organizar as minhas ideias, organizar as gravações que eu fiz das palestras e eu queria compartilhar com vocês assim, três coisas. Eu postei recentemente algumas coaches, algumas citações que me marcaram muito no evento, mas eu queria tentar estruturar em três grandes blocos de conhecimento para a gente compartilhar o que que está acontecendo. A primeira coisa, não tenho dúvida, diz respeito à inteligência artificial, e é assim, uma polêmica muito grande, assim, muitos dos palestrantes etc. falando que não necessariamente o caminho de Large Language Models, ou seja, o caminho tradicional do ChatGPT, etc., é o caminho para a gente chegar a uma inteligência artificial geral, que é esse objetivo, ou seja, onde nós vamos ter um sistema muito mais poderoso do que isso. E bem, a primeira coisa é que se falou foi sair um pouco do conceito desses grandes bancos de linguagem para sistemas adaptativos, que é esses modelos de reasoning que nós estamos vendo. Então acho que essa é uma grande tendência que a gente está vendo e, ou seja, modelos com aprendizado cada vez mais permanente. Ou seja, foi se o tempo em que se falava. A nossa data de corte é, por exemplo, 31 de dezembro de 2024, 2023, etc. Bem, hoje está sendo muito mais dinâmico esse aprendizado e nós vamos ter condições muito em breve de ter praticamente a informação em tempo real. Você vai poder usar um ChatGPT sem necessariamente estar usando o mecanismo de busca, mas está conversando com ele com a informação do que está acontecendo meia hora atrás, não é? É, uma outra coisa que está muito discutida também nessa área é o dilema entre o consumo da energia e a eficiência, ou seja, como é que nós vamos, uma das coisas que mais me chamou a atenção numa das palestras é o seguinte o cérebro humano é, por exemplo, uma criança, ele gasta cerca de 24 watts para funcionar, e quando a gente vai ensinar uma criança a qual é o significado, por exemplo, de um copo, a gente mostra cinco copos para criança que ela aprende que aquilo é um copo, enquanto no computador nós não vamos gastar 24 watts, mas provavelmente nós vamos gastar 24 kilowatts para poder simplesmente dar esse pequeno aprendizado. Então ainda existe uma ineficiência absurda do ponto de vista computacional, ou seja, é talvez a inteligência artificial tá tentando imitar o cérebro humano, mas gastando uma energia muito maior. Então, essa é uma fronteira bastante grande. Segundo ponto que me chamou a atenção demais é a interface de biotecnologia, vida, com tudo isso que nós estamos vendo de tecnologia. Então muita coisa pro exemplo eu assisti a uma palestra que inclusive está no YouTube, mas que foi surpreendente, de um projeto da Colossal e tentando resgatar espécies vivas que estão em extinção. Então eles tentando resgatar mamutes etc., usando engenharia genética. Gente, eu sou engenheiro químico. É uma coisa de um outro planeta entender. Ou seja, eles conseguiram alterar o DNA para nascer um pêlo de mamute num rato. Então, são coisas muito, muito diferentes, vale a pena. Por quê? Porque, sem dúvida nenhuma, isso vai transformar muito o que a gente faz. Como também vai abrir uma oportunidade enorme para gente poder gerenciar muito bem esses projetos, né? Então nós falamos muito. Computadores biológicos etc. O terceiro é superimportante, que é o conceito de vibe coding. E eu acho que já é a terceira semana que eu estou falando disso. Eu falei e eu volto a dizer se você hoje que tá me ouvindo trabalha em gerenciamento de projetos de software, você tem obrigação de entender como esse vibe coding tá chegando. Esse vibe coding, é um conceito de low-code no-code. Mas é um conceito onde a tecnologia evoluiu tanto, mas tanto, mas de forma tão surpreendente, que você hoje consegue desenvolver um código ou consegue desenvolver um software, consegue desenvolver um aplicativo web em questão de minutos? Em questão de minutos eu desenvolvi lá e com um grande amigo com Manoel, na hora do intervalo eu fiz isso em questão de minutos. Então eu acho que vocês verem aplicativos como Cursor como Lovable é fundamental para você entender como o conceito de gerenciamento de projetos, principalmente deste tipo de projeto, vai mudar. E eu vou dizer, o conceito de ágil vai ter que ser revisto de uma forma muito grande, principalmente para desenvolvimento de software. Vai mudar bastante. E o último ponto uma discussão muito grande sobre a questão de ética, futuro, ou seja, como é que nós vamos ter um balanço entre progresso e responsabilidade? Como é que vai ficar privacidade, não é, nesses projetos onde a vida de todo mundo está cada vez mais escancarada. Até que ponto nós vamos deixar agentes de AI, por exemplo, em projetos tomarem decisões automatizadas? Ou seja, quando é que nós vamos poder confiar que o software, o algoritmo vai ter a capacidade de decidir como você decidiria? Não é, uma coisa e o algoritmo decidir com você supervisionando outra coisa e o algoritmo decidir sem você estar supervisionando. Ou seja, o algoritmo selecionar, por exemplo, um fornecedor num projeto sem que você nem saiba e já emitiu um pedido de compra. Bem, essa é uma tendência, não tenho dúvida nenhuma quando a gente pensa em entender esse futuro, mas é um impacto gigantesco no que a gente faz. E, finalmente, muito discutido também a questão do impacto social dessas tecnologias no futuro, do trabalho, no futuro da sociedade. É uma coisa que eu não estou surpreso em ter visto lá, porque é uma coisa que tá na minha cabeça de uma forma muitíssimo pronunciada. Essa minha preocupação com o emprego, inclusive, uma das coisas pelo qual eu, junto com o Antônio, temos feito esse trabalho é porque a gente tem uma preocupação muito grande com o impacto para que a nossa comunidade não fique para trás. Então, acho que esse é um dilema e eu acho que nós vamos ver transformações muito grandes. Minha sugestão final, deem uma entrada na página do YouTube do South by Southwest SXSW dentro do YouTube e vocês vão ver. Tem muita das palestras que eu assisti ao vivo lá. Então assim, a gente não tem desculpa para não querer aprender, né? Eu vou também colocar a minha newsletter desse mês dedicada ao que eu vi lá. Ou seja, principalmente para dar oportunidade de quem não teve e não tem condição de estar lá e de entender o que está acontecendo e também de se preparar. Bem, pessoal, é isso aí. Um abraço enorme a todos vocês. Uma semana excelente. E até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast. Até lá!