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Olá pessoal! Bem vindos a mais um 5 Minutes Podcast. Possivelmente se você pegar uma pessoa, um adolescente de 15, 16 anos ou até mais novos e perguntar para ele ou para ela qual é a profissão que ele ou ela quer ter no futuro. Muito possivelmente você não vai escutar sem médico, advogado, engenheiro. Possivelmente você vai escutar influenciador digital. Bem, e por que isso? Isso é a essência do que a gente chama de economia da paixão ou passion economy. E eu recentemente, fiz parte do painel do Drucker Challenge, que é do Global Peter Drucker, fórum onde o tema dos artigos que a gente avaliou era sobre essa economia da paixão e o que é a economia da paixão, a economia da paixão e aquela economia que é baseada em você conseguir de alguma forma monetizar e transformar em dinheiro algo que você é apaixonado. Então, por exemplo, você é apaixonado por astronomia. Então você cria um canal no YouTube ou cria uma série de vídeos no TikTok e você consegue auferir dinheiro e viver e ter uma renda a partir da sua paixão. Bem, isso não é a mesma coisa que o que a gente chama de gig economy, que são contratos de curto prazo, contratos pequenos, etc. Que são uma característica muito marcante hoje do que a gente vê desse mercado de freelancer, etc. Mas sim uma forma de você ter uma renda associada com aquilo que você ama fazer. Eu estou falando muito disso porque há dois anos atrás eu criei uma série chamada What Matters e o primeiro capítulo dessa série ele se chama Paixão.
E eu disse o seguinte que a paixão, sem dúvida nenhuma, favorece enormemente com que você conquiste o seu trabalho. Por exemplo, uma coisa que facilita muitíssimo a minha vida e o meu trabalho é porque eu trabalho com gerenciamento de projetos e essa é uma disciplina que eu simplesmente amo, que é essa disciplina de transformar ideias que estão no papel em realidade, independente de qual é a ideia e de qual é a realidade. Mas você conseguir materializar coisas é uma coisa que me agrada muito. Eu desde criança gostava muito disso e eu conseguir transformar isso em uma profissão, em um trabalho e é uma forma com um meio de vida. Agora, aonde está a minha preocupação quando a gente fala disso? E porque nem tudo que a gente faz e nem todas as paixões que a gente tem conseguem ser adequadamente monetizadas. Eu tive uma alegria e eu não consigo dizer o que veio antes de conseguir atrelar uma coisa que eu gosto, com uma potencial de conseguir ganhar dinheiro com isso. Agora nem tudo é assim. Então tem uma coisa que me preocupa muito esse livro é um livro que está ficando muito famoso, chamado Passion Economy, do Adam Davidson. Exatamente falando, isso é uma coisa que me preocupa nesse livro é que, sem dúvida nenhuma, seria maravilhoso se todos vocês estivessem me ouvindo, conseguisse o seguinte eu vou montar um projeto para conseguir transformar minha paixão em dinheiro. Bem, em alguns casos, isso vai dar muito certo, agora na maioria das vezes, isso é um desafio e a gente, na maior parte das vezes, associa essa economia da paixão, a tecnologia, as redes sociais etc.
E eu queria dizer o seguinte, poxa eu, por exemplo, tenho um canal no YouTube etc. Bem, e vocês me perguntam o seguinte: Ricardo você consegue viver o seu canal do YouTube? Nunca, jamais, em hipótese alguma. E eu não tenho um canal assim absolutamente relevante. Quem ganha dinheiro e consegue realmente monetizar são talvez 0,1% das pessoas que têm um canal no YouTube. A maior parte das pessoas gastam uma energia muito grande, um trabalho muito grande para ganhar pouco. A maior parte do ganhador e de quem realmente lucra, são as empresas de tecnologia, sem dúvida nenhuma, que são aquelas que a gente chama de middle management, porque você não consegue divulgar os seus vídeos, eu estou usando o YouTube como um exemplo sem ter a plataforma e a plataforma, ela acaba sendo a dona do negócio e você provê o conteúdo, tirando raríssimas exceções, no qual você tem um controle maior, ou seja, você é uma pessoa que tem uma audiência tão grande que justifica um tratamento diferenciado por parte do YouTube ou por parte do Instagram, o que for, a grande maioria acaba o que é se tornando refém disso e isso gera um risco enorme. E foram esses os artigos que eu tive oportunidade de ler que me chamaram mais atenção. Então, o que eu queria dizer para vocês é que quando você tem um processo de inovação, quando você está montando um projeto, por exemplo, vá agora eu vou transformar minha paixão num canal.
Eu vou transformar aquilo que eu gosto numa coisa dedicada àquilo que seja a gente, que seja um canal no Youtube ou que sejam Only Fans, se o seu interesse, por exemplo, for fazer alguma coisa direcionada ao público adulto. Bem, eu não estou discutindo isso, todos esses negócios, eles têm a sua similaridade, ou seja, você está tentando monetizar em cima de um conhecimento, de uma paixão que você tem, o que eu quero colocar é o seguinte aqui não necessariamente essas iniciativas vão surtir esse efeito que a gente imagina avassalador, como nada na vida. Como de cada 10 milhões de jogadores de futebol, um vira e o Cristiano Ronaldo ou vira o Messi. Ou seja, a maioria não vira. É a mesma coisa nessa economia. Então isso é que eu queria colocar para vocês, fazer com que vocês pensem nisso, porque a maior parte das vezes, quando a gente implementa projetos, a gente implementa para quê? Para conseguir explorar um determinado nicho de mercado. E essa economia da paixão é um nicho de mercado e é um nicho de mercado, inclusive que eu, o atuo. Agora eu não coloco todos os ovos nessa cesta, porque isso não seria inteligente. Ainda mais porque dentro desse ambiente, por mais que você pareça que você é quem tem o controle dentro da perspectiva de risco, não. Na verdade, quem tem o controle e o algoritmo das redes sociais que vão impulsionar ou não o conteúdo que você criou. Pensem sempre nisso até semana que vem, com mais um 5 Minutes Podcast.