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Olá pessoal, aqui é o Ricardo Vargas. Esse é mais um 5 Minutes podcast, hoje eu quero falar sobre o marco importantíssimo da regulamentação da inteligência artificial, que é o chamado AI Act da união europeia, e o impacto direto que ele já está começando a causar nos nossos projetos. Bem, é claro, a lei já foi aprovada oficialmente em 2024, agora a sua implementação ela está sendo feita em fases. Até ela está completamente em vigor em agosto de 2026. Agora, no último dia 2/08/25, entrou em vigor uma das partes mais esperadas e sem dúvida nenhuma mais polêmicas desse ato dessa legislação, os requisitos para os chamados modelos de uso geral de IA ou General‑Purpose AI models . Estes são os grandes modelos fundacionais, ou seja, de fundação como o GPT da OpenAI e o ChatGPT, o Claude da Anthropic e o Gemini do Google, entre vários outros modelos. Eles não são criados por uma tarefa específica, mas sim para serem versáteis e aplicáveis. Há basicamente uma centena de contextos diferentes e, a partir de agora, esses modelos precisam seguir regras bastante rígidas, como demonstrar transparência na sua capacidade de limitação, informar sobre o uso de dados com direitos autorais no treinamento, mitigar riscos sistêmicos e fornecer documentação técnica adequada. E olha, não pense que isso afeta os desenvolvedores dessas IAs. Se você lidera um projeto que usa essas tecnologias, você também está no radar dessa desregulamentação. Mesmo que você apenas integre esses modelos, por exemplo, em um Chatbot na sua empresa ou numa ferramenta de automação, ou até mesmo um produto digital, você passa a ter obrigações, especialmente no que diz respeito à explicabilidade, privacidade e uso ético. E aí que o papel nosso como gerente de projetos muda de forma bastante. relevante, não basta conduzir nosso projeto. Como sempre buscamos fazer um escopo, prazo e o custo de forma controlada. É preciso garantir que o uso da AI nos nossos projetos esteja em conformidade com essa nova legislação, com riscos avaliados, dados protegidos e usuários informados sobre o que aquela inteligência artificial pode e não pode fazer. Isso muda drasticamente o escopo de muitos projetos que estão em andamento e muda muitas vezes o critério também de sucesso. Se antes sucesso ele entregar o sistema funcionando, agora o sucesso é entregar com responsabilidade, com ética, com conformidade regulatória. Agora isso é não tem gerado só aplausos e admiração. O AI Act embora seja pioneiro, tem gerado bastante polemica, muitos stakeholders, empresas, pesquisadores e até mesmo países membros. Eles têm alegado que a lei restritiva demais. Criando uma Barreira desproporcional para a inovação e competição. Ou seja, a existência desse AI Act está diminuindo a capacidade das empresas da união europeia de competir. E a crítica mais comum é que, ao tentar proteger os cidadãos, a Europa acaba por afastar os investimentos e os talentos na área de AI. Olha, é uma preocupação super legítima, especialmente porque estamos lidando com a tecnologia, que evoluiu tão rápido, mas tão rápido, que a gente tem muita dificuldade de enquadrá-lo em qualquer processo legislativo. Agora, por outro lado, é importante lembrar que parte da maturidade de qualquer tecnologia é a sua capacidade de operar com regras claras e com responsabilidade. Idade e nesse sentido, O AI Act coloca um novo padrão no mundo, apesar lógico, dele não ser seguido por outros países fora da comunidade europeia. Mas ele, sem dúvida nenhuma, seta ali uma tendência. E como os líderes de projetos, a nossa função aqui não é entrar nessa disputa ideológica, a não ser que você realmente faça parte dos legisladores nesse assunto, a maior parte das vezes nós vamos estar ali como o quê? Como uma parte interessada, buscando entender esse novo contexto, buscando nos preparar e garantir que o nosso projeto esteja um à frente não atrasados quando essas exigências baterem na nossa porta. Bem, a hora de incluir no plano do projeto itens como due diligence, AI, revisão legal de fornecedores e critérios éticos de avaliação. É hora também. De conversar com áreas que muitas vezes ficaram de fora, jurídico, área de compliance, a área de privacidade, área de governança de dados e isso ao invés de ser um grande desafio pode tornar uma grande oportunidade. Idade, porque os projetos, se eles se estruturarem de uma forma responsável desde o início, eles vão ter muito mais confiança do cliente, mais resiliência com relação à auditoria e muito mais valor percebido no mercado. Bem, na minha opinião, esse AI Act ele não é sobre risco, ele é também uma bússola na qualidade na. A responsabilidade e o Marco do dia 2/08/2025 deixo um recado claro. É, e esse recado é que a fase experimental do vale tudo da inteligência artificial, acabou. E, é claro, muita gente discorda dessa visão e muita gente acha que esse ato vai penalizar enormemente o uso da inteligência dentro do continente europeu. Bem, eu acho que nós temos que esperar e ver realmente o que é que vai acontecer diante disso. E, falando aqui de uma forma bastante humilde, o que é importante. Agora é a nossa capacidade de adaptar para que a gente não fique para trás. Ou seja, é estar atento no que está acontecendo na legislação. Mesmo que a gente não seja um legislador ou que a gente não faça parte da área jurídica. Eu estou certo e absolutamente certo de que se a gente não avaliar isso diante dos nossos projetos, nós corremos um risco enorme de amanhã. Está gerando um problema e uma liability muito grande no nosso projeto. Pensem nisso. Espero que vocês tenham gostado desse episódio e até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.