Transcrição do episódio A transcrição é gerada automaticamente por Podscribe, Sonix, Otter e outros serviços de transcrição eletrônica.
Olá pessoal! Bem vindos a mais um 5 Minutes Podcast! Hoje eu queria falar sobre a Lei de Little e a sua aplicabilidade no gerenciamento de projetos, especialmente nos projetos ágeis, usando os quadros de Kanban usando Scrum. O nome Little vem de John Little, que é um professor do MIT da Escola de Management do MIT, e ele tem uma fórmula muito simples e é uma fórmula que obviamente não foi criada para gerenciamento de projetos, mas foi criada para processos produtivos que muito das atividades que envolvem Lean, que envolvem Six Sigma, etc. Utilizam. Ele diz o seguinte que o número de clientes em uma fila é a taxa com que esses clientes chegam e o tempo que você leva para processar cada um desses clientes. Bem, o que você quer, obviamente, é o quê? Reduzi o número de clientes na sua fila. Concorda comigo? Você tem uma fila otimizada? Então imagina o seguinte você tem um restaurante, uma lanchonete onde chegam dez clientes por hora. Ou seja, a cada 60 minutos chegam dez clientes e você leva em média, só para ficar muito fácil aqui, 12 minutos para processar cada cliente. Ou seja, o cliente chega, ele fica 12 minutos sendo processado até que ele saia do seu estabelecimento, 12 minutos que são que é 0,2 da hora, ou seja, 20% da hora. Se eu pegar 20% e multiplicar por dez pessoas que na hora eu tenho o que eu tenho o número de clientes permanentemente na fila de duas pessoas, Ou seja, eu vou ter sempre ali o que é como se eu tivesse duas pessoas permanentemente naquela fila e isso se transfere para o nosso trabalho em projetos.
Então vamos pensar o seguinte que essas pessoas que estão na fila são o nosso, vamos dizer trabalho em progresso, ou seja, o nosso WIP, que a gente chama de work in progress, que talvez seja o maior inimigo de todos os nossos trabalhos, não só em projeto como na nossa própria vida. Aquela coisa é o seguinte você começa a escrever um livro, não termina, você começa a gravar um episódio, podcast não termina, você começa a responder, um e-mail não termina. Isso tudo é chamado o work in progress. Por quê? Porque você ainda não entregou. Ou seja, é como cliente que está ali permanentemente na fila. Ele não recebe o sanduíche que ele comprou, ele não recebe o produto, ele não é processado. Bem, e quando a gente pega essa mesmíssima fórmula, ele diz o seguinte que o seu trabalho em progresso é o que é a sua taxa de produção, ou seja, a velocidade com que você processa aquele item, que é o que a gente chama de throughput vezes o que o tempo que ele vai ficar esperando para ser processado. E aí, quando eu pego e faço a conta inversa, eu vou chegar a conclusão que o tempo que ele fica processando é o quê? É o total que eu tenho em progresso, dividido pela minha taxa de produção, pelo meu throughput. Então o que acontece, gente? Muitas pessoas, na ansiedade e na decisão organizacional fala o seguinte vamos começar várias frentes ao mesmo tempo. Quando você começa várias frentes ao mesmo tempo que você está fazendo, você tá aumentando O que? O seu trabalho em progresso? Seu WIP.
Porque quanto mais frentes você abre, mais trabalho em progresso você vai ter. E isso vai implicar o quê? Que cada vez mais você vai demorar, porque o seu tempo de espera vai ser o que é diretamente proporcional ao trabalho em progresso que você tem? Isso é lógico, gente. Você pode inclusive fazer esses cálculos. Já tem várias pessoas que podem fazer esses cálculos em quadro de Kanban, etc. Mas o que é importante então? O que é importante é você ter na mentalidade que desde que a lei de livro existe e suas inúmeras aplicabilidades na produção, na indústria automotiva, praticamente na indústria de transformação como um todo, ela se aplica também ao seu mundo, desenvolvendo um software ao seu mundo, ali desenvolvendo um tipo de trabalho onde você o que vai ter. Quanto mais trabalhos em progresso você vai ter, mais waiting time, mais tempo de espera você vai ter e a sua produtividade vai cair. É por isso que a gente fala que muitas vezes multitarefa é uma falácia, porque a gente não consegue fazer dez coisas ao mesmo tempo. Então, o que a gente precisa fazer? A gente precisa o que concentrar em cada vez, ter menos coisa sendo processada, ou seja, menos coisa que não tá gerando resultado, porque o livro, enquanto ele está sendo escrito, ele não gera benefício nenhum. O podcast meio gravado não gera benefício nenhum. O e-mail que você respondeu metade, mas não respondeu todo, gera benefício nenhum. Então, se você concentrar. Diminuí a sua quantidade de multitarefa, diminuí esse trabalho em progresso. O que vai acontecer? Você vai naturalmente diminuir o tempo de espera, porque você diminui a troca de tarefas que você tem.
É lógico, todo esse trabalho tem uma premissa que eu estou falando que é o que a sua taxa de produção c o q c estável, ou seja, o seu tempo de produção. C estável. Porque, é lógico, se cada coisa que você faz é num tempo de produção diferente, você muitas vezes vai ter o que você vai ter, atividades que vão contribuir mais ou menos para esse atraso. Agora, imaginando que esse seria um objetivo maravilhoso, que no sprint a gente consegue dimensionar cada um dos nossos post-its ou das nossas atividades, com aproximadamente o mesmo tempo de produção, nós podemos entender que colocar um post-it a mais ali, naquele em processamento ali vai significar o quê? Automaticamente, se eu não tiver o recurso que eu aumentar o tempo de espera dentro do meu processo, ou seja, o tempo em que o percentual saiu de zero e não chegou em 100% em cada uma daquelas atividades. É por isso que o maior inimigo de todos nós, dentro do trabalho de projeto e dentro da nossa própria vida, eu brigo com isso na minha vida pessoal 24 horas por dia. E o trabalho em progresso é o site que você está melhorando, mas não está pronto ainda. É tudo que você já começou, mas não conseguiu acabar. Então é essa a lei que rege isso. Acho que tem um monte de coisa na internet legal para isso. Vale a pena vocês darem uma olhada, principalmente aqueles que estão utilizando métodos ágeis hoje, tá bom? Um abraço pra vocês e até semana que vem com mais 5 Minutes Podcast.