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Olá pessoal, aqui é Ricardo Vargas e esse é mais um 5 Minutes Podcast e hoje eu vou fazer algo para poupar um bom tempo de vocês. Eu vou tentar resumir as 456 páginas do AI Index Report publicado pela Universidade de Stanford nesses cinco minutos de podcast. E claro, apesar de eu ter usado o notebook LM para me ajudar a encontrar o melhor conteúdo, dessa vez não é a inteligência artificial que vai fazer isso para vocês. Vai ser eu mesmo. E vamos direto aqui ao ponto, quais são os principais takeaways , os principais aprendizados, as coisas mais relevantes que eu vi nesse relatório e como elas impactam os nossos projetos e a nossa profissão em gerenciamento de projetos. Bem, o primeiro insight que parece óbvio, mas eu queria dar só uma ideia para vocês, é que a performance, o desempenho da inteligência artificial, ele continua a crescer de uma forma exponencial. Os modelos que estão hoje sendo desenvolvidos, eles superam as habilidades humanas em tarefas complexas, como programações em pouquíssimo tempo, como resolução de problemas, de conflitos de recursos de uma forma assim muito direta. E para nós, isso representa um ponto bem positivo. Projeto sendo desenvolvido muito mais rápido. Equipes muito mais enxutas e uma pressão também exponencial por entregas e por desempenho. Ou seja, a gente vê que essa performance vai continuar desafiando a todos nós para entregar mais com menos. Esse é o primeiro insight. O segundo é que a inteligência artificial está sendo aplicada em basicamente todos os setores de projetos envolvendo o setor médico, medicina ao transporte. Mais de 220 dispositivos médicos com inteligência artificial foram aprovados. Isso só em 2024. Isso significa que cada vez mais projetos vão envolver algum tipo de integração com a AI e isso vai exigir de nós habilidades técnicas para gerenciar esse projeto. Nós vamos ter que pensar um pouco diferente. O terceiro é a produtividade e o investimento, ou seja, a produtividade tem aumentado de forma quase que exponencial também. E os investimentos, é difícil até de explicar. Só para dar uma ideia, para você, só nos Estados Unidos, o investimento em inteligência artificial em 2024 chegou a impressionantes 109 bilhões U$. Só para vocês terem uma ideia, esse valor daria para eu comprar 100% das ações da Petrobras e da Vale juntas. Isso só em 2024. Ou seja, a inteligência artificial ela está literalmente redefinindo as prioridades de investimento no mundo corporativo. Praticamente todos os projetos estratégicos que a gente viu hoje, de alguma forma, eles estão envolvendo inteligência Artificial. Seja buscando um retorno real, produtividade, eficiência etc. O quarto insight é que a gente sempre fala muito aos Estados Unidos etc., mas a gente tem visto e esse relatório mostra com clareza que a China está cada vez mais próxima dos Estados Unidos em termos de desempenho. O país tem se destacado em produção científica, tem publicado, tem desenvolvido modelos e aplicações, nós vimos humanos, nós temos DeepSeek. Então, assim, é muito importante que essa vai ser essa briga, vamos dizer, Estados Unidos e China em termos de performance e inteligência artificial, eu acho que ela ainda vai ter muitos outros capítulos. E nós, que muitas vezes atuamos em projetos internacionais, isso vai impactar parcerias, fornecedores, compliance, regulação, ou seja, isso tudo vai dar uma dimensão diferente para o trabalho que a gente está fazendo. O quinto é a responsabilidade na AI. Ainda está muito abaixo do que é necessário, ou seja, poucos modelos. Eles passaram por auditorias padronizadas e incidentes éticos estão aumentando, ou seja, a gente está vendo o uso de, vamos dizer, inteligência artificial para criar imagens falsas, criar vídeo E isso reforça a importância da governança, da gestão de risco e da ética nos projetos de IA, especialmente quando a gente lida com dados sensíveis. O sexto insight é o otimismo. O otimismo que está crescendo agora, é claro, ele é desigual no mundo. Países asiáticos, como Índia e China, eles demonstram muito mais entusiasmo, enquanto o Ocidente vê com muito mais ceticismo. E para nós, gerentes de projeto, isso afeta diretamente como a mudança é percebida em diversas culturas. Ou seja, a gente vê a Índia e a China, por exemplo, vendo isso como um enorme benefício. E a gente vê a Europa e Américas vendo isso assim, com muita preocupação em termos de futuro, de trabalho etc. O sétimo insight é que a inteligência artificial está ficando barata, rápida e acessível. Só para vocês terem uma ideia, o custo de inferência é o que a gente chama de custo para usar um modelo já treinado caiu 280 vezes em pouquíssimos anos. Isso equivale a tornar acessível uma tecnologia que antes era privilégio de grandes laboratórios de startups que tinham um financiamento muito grande. Esse barateamento ele permite muito mais experimentação em projetos menores. E, sem dúvida nenhuma, ele abre um mundo de possibilidades para a gente aplicar isso dentro dos nossos projetos. Não necessariamente os projetos precisam ser gigantes para isso. O oitavo Insight é que governos estão entrando de cabeça no jogo. A gente vê os Estados Unidos, a gente vê a França, a Índia, Canadá e China. Esses governos estão investindo bilhões e criando um ambiente específico para AI, projetos públicos ou regulados, eles vão ter que se adaptar a essas novas exigências, transparência de algoritmo. Então a gente vê também uma presença que não é só das empresas ou não é só das big techs . O nono é que a educação inteligência artificial está crescendo, mas ainda é insuficiente. Ou seja, a gente vê muitos professores, muitos profissionais despreparados no uso da AI ou como aplicar a AI na prática, inclusive na nossa área de projetos, a gente vê muitos gerentes de projeto que ainda estão pensando que AI serve para melhorar o e-mail que eu estou fazendo ou serve para gerar um relatório, etc. Ou seja, isso foi a AI de três anos atrás. Hoje nós não estamos nem falando nisso mais de tão óbvio que é, então ainda existe um despreparo, apesar de todas as iniciativas no mundo para poder treinar as pessoas em inteligência artificial a gente, o relatório mostra esse despreparo. E o insight é que a inovação inteligência artificial está sendo liderada pela indústria. Ou seja, são as grandes empresas como Google, OpenAI, Anthropic e esses, essas empresas representam mais de 90% dos modelos que a gente está usando no mundo. É claro que a academia, por exemplo, universidades etc., estão se desenvolvendo, mas assim, essas empresas realmente é que estão liderando essa onda. E eu acho que isso aí é indiscutível e evidente. E o último e 11.º insight ela virou o motor do avanço científico e uma das coisas mais interessantes, ou seja, a IA turbinou o avanço científico. Nós estamos falando do AlphaFold do Demis Hassabis ganhando o Nobel de Química o ano passado. Nós temos o Turing Award de 2024, então vários projetos científicos e tecnológicos vão depender cada vez mais da inteligência artificial. Então nós estamos falando em gente pesquisando novos remédios etc. E todos eles usando inteligência artificial no trabalho. Bem, o que isso tudo? O que é esse relatório significa pra gente? Significa, sem dúvida nenhuma que a gente precisa adaptar, estudar mais sobre AI. Olha, eu que trabalho com isso assim vou dizer possivelmente metade do meu tempo eu estudo mesmo. Como eu já falei 1 milhão de vezes, eu gasto 10% do meu tempo no ano, o que equivale a mais ou menos um mês só para estudar. Então assim, só para vocês terem uma ideia, nos últimos dois meses eu devo ter feito uns três cursos de AI, e eu assisti inúmeros vídeos sobre tecnologia etc. Porque para repensar como é que eu vou gerenciar o escopo dos meus projetos, o risco dos meus projetos? Que tipo de implicação isso vai ter no benefício do meu projeto, que é uma coisa que eu estou atuando muito. Ou seja, às vezes eu tô pensando e tô ajudando a desenvolver um projeto e na hora que eu vejo aí pode simplesmente matar o benefício desse projeto ou simplesmente potencializar o benefício desse projeto. Então eu preciso ter isso na minha cabeça. E lembre se, gente, a ideia não é mais uma ferramenta. Ela é o próprio ambiente em que os projetos existem. A gente não vai usar a AI para fazer alguma coisa, a AI já vai estar dentro do ato de fazer alguma coisa. É por isso que a gente precisa de fazer essa transição com ética, com agilidade, com visão estratégica, para que a gente realmente construir algo que é mais positivo. Bem, pessoal, é isso aí. Esse relatório está disponível para qualquer um. É só vocês colocarem AI Index Report 2025 Stanford e vocês vão achar. Podem baixar. Vale a pena dar uma olhada. Vale a pena dar uma folheada, mas eu espero que vocês tenham gostado desse episódio e até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.