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Olá, pessoal, aqui é o Ricardo Vargas e esse é mais um 5 Minutes Podcast. Uma coisa que sempre me incomoda quando eu converso com o gerente de projeto, quando eu estou conversando sobre projetos é o seguinte: é, todo mundo tem uma mania enorme de reclamar das coisas, ou seja, está tudo ruim. O projeto está atrasado, eu não tenho suporte, os riscos estão empilhando e as pessoas não estão motivadas, as pessoas não são comprometidas, eu não consigo entregar o projeto etc., etc., etc. Como se reclamasse resolvesse o problema. Ou seja, se reclamar, se ficar reclamando resolvesse o problema, eu não ia fazer curso de gestão de projetos, eu ia fazer cursos de como reclamar melhor, como reclamar mais alto, como fazer com que sua reclamação seja mais forte do que a reclamação do outro. Bem, isso não tem sentido. Então, o que é importantíssimo é a gente mudar na nossa cabeça o foco dessa frustração e dessa reclamação sem limite para ação. E eu quero dar a vocês exemplos de três ações práticas que vocês podem usar no seu projeto e que faz a diferença. Então, a primeira delas: implemente o que a gente chama de reverse standup, que transforma suas reclamações em soluções. É o seguinte. Em vez das reuniões tradicionais de status etc., você tenta, quando você tiver muito esse tipo de reclamação, criar o chamado reverse standup, onde a pessoa vai apresentar a reclamação e o desafio. Mas também, junto com o desafio, ela precisa sugerir pelo menos uma ação para resolver aquela reclamação. E aí a equipe toda colabora com aquela pessoa que fez a reclamação e propôs a solução para refinar e executar a melhor abordagem. Isso vai fazer com que a gente mude o foco da reclamação para a resolução do problema de uma forma razoavelmente construtiva. A segunda dica é a gente usar a regra chamada regra dos dois minutos para decisões rápidas. Uma das coisas mais comuns que a gente vê as pessoas reclamando é a falta de decisão. É assim ah, eu fiz uma coisa e eu... a resposta nunca vem. Ou seja, a paralisia que a gente chama de paralisia por análise, ou seja, você fica presa num problema, ficar analisando, analisando, analisando e não consegue tomar decisão. Então, se você introduzir essa regra, a chamada regra dos dois minutos, você sempre pensa: Se a ação pudesse ser tomada em dois minutos ou menos, faça imediatamente. Isso aí é uma das coisas que eu aprendi vinda do GTD do David Allen, Getting Things Done, eu já, inclusive gravei um episódio sobre isso. É o seguinte se é menos de dois minutos, não anota, não, faz, ponto. Faz por quê? Porque isso elimina a procrastinação. Ou seja, um dos maiores reféns que a gente tem e faz, a gente reclamar, é porque a gente fica procrastinando, tentando empurrar tudo com a barriga até o último minuto possível. E o terceiro, gamifique, faça um jogo com a resolução de problemas de uma forma tipo aqueles conceitos de hackathon sem culpa. Ou seja, quando as reclamações se acumulam, transforme isso numa oportunidade. Crie um hackathon sem culpa. Uma sessão curta e dinâmica onde a equipe trata dos obstáculos do projeto como desafios a serem resolvidos em tempo real. É assim, esse grupo aqui vai resolver esse desafio aqui. Esse grupo vai resolver esse desafio. Esse grupo vai resolver aquele desafio, ou seja, você faz um sprint com tempo limitado para testar as soluções. Ou seja, o que que nós podemos fazer para testar essas soluções? São todas ideias muito rápidas, seja o reverse standup, essa regra dos dois minutos, essa gamificação, esse hackathon vai deslocar o foco da frustração para a ação. E eu acho que uma das coisas mais fascinantes de ser um gerente de projeto é ser capaz de agir. Então, assim, toda vez que você vier reclamando ah, está tudo muito difícil, tá tudo. A primeira coisa você vai falar tá tudo muito difícil, o que que eu preciso fazer para tornar menos difícil? É claro. Lembre se projeto não é fácil. Nunca vá ser fácil. Por quê? Porque a natureza do projeto, se fosse fácil, não precisava gerenciar, não precisava ter gerenciamento de projetos, não precisava ter nada, era só fazer. Ou seja, é porque é difícil que a gente existe. Então, deslocar esse foco vai não só motivar, mas também vai dar aquela ideia de avanço. Bem, pessoal, pensem nisso. Até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.