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Olá, pessoal, aqui é o Ricardo Vargas e esse é mais um 5 Minutes podcast. Eu tenho certeza de que todos vocês já ouviram a frase "Feito é melhor que perfeito" e eu queria discutir um pouquinho a essência do que essa frase ela tem para nos dar. É claro, gente, eu não tenho a menor dúvida de que todos nós queríamos assim. Feito imperfeito. Só que muitas vezes a gente precisa entender que existe o que a gente chama em inglês um trade off, um ganha perde que equilibra essa equação. E dentro do nosso ambiente de projetos isso é muito claro. E eu queria discutir com vocês cinco elementos que a gente precisa estar sempre pensando quando a gente pensa nesse conceito de feito e perfeito. Primeiro, o custo do perfeccionismo. A gente tem que entender o seguinte fazer perfeito muitas vezes cria uma curva de gasto ou uma curva de tempo, que é uma curva exponencial. É mais ou menos o seguinte para você melhorar um pouquinho o seu gasto e o seu atraso e o seu tempo custam muito. Eu gosto muito de dar um exemplo que eu falo sempre, por exemplo, música, som, equipamento de som ou, por exemplo, vinho. Muitas vezes chega num determinado patamar que para você comprar, por exemplo, um vinho melhor, o custo desse vinho melhor é quase dez vezes maior do que o custo de um vinho muito bom. Então, até que ponto essa essa melhoria é justificável? Som é a mesma coisa. As vezes você vai comprar um equipamento, as pessoas são aficionadas com áudio, elas vão comprar um equipamento profissional que custa simplesmente 100 vezes de um equipamento convencional. E muitas vezes a diferença no resultado é uma diferença marginal para a maioria das pessoas. Então a gente tem que entender o seguinte que toda vez que a gente busca esse perfeccionismo, a gente tem um custo atrelado com isso. Então, o que a gente precisa? A gente precisa entender o seguinte, muitas vezes, quando a gente é o que a gente chama de over engineering a project, ou seja, quando a gente pensa muito, a gente tenta colocar adicionais e adicionais dentro do nosso projeto, fazer revisões em cima de revisões. Muitas vezes a gente acaba perdendo prazos muito críticos ou perdendo uma relevância no mercado. E isso me leva ao segundo item, que para mim é uma das coisas mais legais que eu aprendi quando eu comecei a estudar Agile, que é o conceito de MVP ou mínimo produto mínimo viável. Minimum Viable Product, que é o que é você entender que o produto que você está lançando no seu projeto, ele não necessariamente vai ter uma vida eterna. Muitas vezes você está lançando aquilo ali, explorando aquele nicho e a partir daquele feedback que você receba, seja ele um feedback positivo, seja ele um feedback não tão positivo. Você o quê? Você reestrutura o seu produto, aprimora o seu produto e vai criando versões. Muitas vezes, se você pega e cria um produto mínimo viável, que é tão sofisticado, tão complexo, que muitas vezes você gasta para provar, por exemplo, que aquele produto não é viável, por exemplo, comercialmente. Então é por isso que, por exemplo, hoje a gente fala demais nos conceitos de ágil os conceitos de Lean, onde a gente fala o seguinte você lança e testa, é um exemplo que a gente vê isso muito, a gente viu. São projetos de software onde você vai lançando, vai testando, vai avaliando, vai vendo, resultado, amplia. Retira uma funcionalidade, coloca uma nova funcionalidade e o produto vai ganhando maturidade. Praticamente todo software é feito assim. Praticamente todo conjunto de conhecimento é feito assim. Muitas vezes, por exemplo, você está querendo fazer uma estratégia de marketing digital. Você vai lançando produtos mínimos viáveis e vai vendo Seus produtos são recebidos pelo mercado e à medida que esses produtos são recebidos ou não, você vai ajustando a sua estratégia, o seu projeto. O terceiro é o balanceamento entre qualidade e prazo, ou seja, lembra o seguinte muitas vezes a qualidade ela é inimiga da velocidade. E muitas vezes a gente tem dentro das nossas partes interessadas os nossos stakeholders, uma necessidade de balancear isso porque o que adianta eu produzir um processo que vai fazer o melhor ovo da Páscoa do mundo. E esse ovo vai ficar pronto duas semanas depois da Páscoa. O que adianta? O que adianta eu montar a melhor campanha para vendas na Black Friday e você só lançar essa campanha um mês depois da Black Friday? Ou seja, não adianta. Então temuma hora que você tem que entender que tem que existir esse, esse prazo. O quarto ponto é o impacto do feito na confiança das partes interessadas. É o seguinte o universo ao redor do seu projeto é composto por muita gente e quando você entrega alguma coisa, mesmo que não seja perfeito, o que você gera nos stakeholders? Você gera uma confiança. Você fala opa, olha aqui essa organização, essa pessoa, essa equipe está se movendo. Ah, essa equipe chegou lá no resultado final? Não, Mas ela tá o quê? Se movendo? Ela está se antecipando. Ela está se preparando. E isso gera o quê, gente gera confiança. Então, muitas vezes eu quando consumo um produto ou um serviço, muitas vezes eu compro um produto que ainda não está no seu estágio de maturidade, porque eu confio nas pessoas que estão desenvolvendo aquele produto ou na empresa que está desenvolvendo aquele produto. Por quê? Porque aquela empresa, em etapas passadas e em projetos passados, ela conseguiu gerar esse impacto do feito. Uma das coisas mais tristes dentro do ambiente de projeto é quando você perde a confiança dos stakeholders, porque você simplesmente não consegue get things done. Você vende slide? Você vende pitch deck? Sabe, é muito comum isso. Em startup. Você vende um pitch deck e você é incapaz de tirar o seu pitch deck do papel. Então, assim. É superimportante. E o último ponto como é que a gente sai dessa armadilha de perfeccionismo? E o que que é importante? Gente, o que faz com que você saia dessa armadilha de perfeccionismo é a primeira coisa é entender claramente quais são as prioridades. Segundo usar um conceito de timebox. Seja entender o seguinte, O que é? O que dá para eu fazer de melhor que fique pronto em duas semanas? Aí, é claro, se eu te der três meses, você poderia fazer melhor. Mas três meses não resolve o meu problema. Ou seja, o que que eu consigo dentro desse timebox? E finalmente, é não ficar perdido com esse conceito de banhado a ouro que a gente chama de Gold Plate, que tira o seu foco no objetivo final do projeto quando você está desenvolvendo um projeto, se você está montando um restaurante e esse restaurante vai ter um cardápio, você tem que entender o seguinte qual é o objetivo final do meu restaurante? Qual é a proposta de valor? A pessoa que vai entrar nesse restaurante, bater na porta, entrar, ela quer o quê? Ela quer eficiência. Ela quer romantismo. Ela quer uma experiência sensorial. Cada um desses objetivos vai te conduzir a um conjunto de cardápio, uma abordagem e uma decoração diferente. Então, muitas vezes você pode construir um restaurante super maravilhoso, sendo que a sua proposta de valor é a eficiência. E aí, o que acontece? A pessoa fica uma hora lá para poder comer, quando que ela precisava de comer em 15 minutos? Aí o seu restaurante simplesmente fracassa. Por quê? Porque você se perdeu naquele objetivo. E olha, eu vou dizer a coisa mais comum que eu vejo em projeto é as pessoas se perderem no objetivo. Elas começam nessa coisa do perfeccionismo, do perfeccionismo. E ela simplesmente não consegue entregar. Quantos de nós não fomos, vamos dizer, não caímos na armadilha de reformar a casa. Quem já começou assim, pensando que ia reformar a pia da cozinha e terminou praticamente construindo uma casa, gastando dez vezes mais, brigando 100 vezes mais? Por quê? Porque você simplesmente não entendeu qual era a meta, Qual era o intervalo de tempo que você tinha para fazer aquele trabalho? Então pensem nisso sempre. Ou seja, como é que eu consigo entregar o melhor possível dentro das condições que delimitam o meu projeto? E muitas vezes o prazo e o dinheiro não vão ser suficientes para você entregar o produto mais perfeito do universo. E muitas vezes, para entregar o produto mais perfeito do universo, você vai sair atrasado na sua competição no mercado. Pense nisso e até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.