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Olá pessoal! Bem-vindos a mais um 5 Minutes Podcast. Hoje eu queria fazer uma reflexão que eu tenho pensado muito recentemente. Ela diz respeito ao desejo e à capacidade de realização das mudanças. E eu digo muito o seguinte as organizações. Elas querem mudar tudo sem mudar nada. E o que isso significa? Significa o seguinte entre a retórica e desculpem aqui o termo a falação. E a ação tem um buraco e tem um buraco grande. Então o que a gente vê? Muito isso em praticamente todos os segmentos. Isso aí não é restrito a um nicho. Isso vai do governo, vai da iniciativa privada, vai das empresas menores e das empresas maiores. O que a gente vê é uma pregação quase que sistemática da necessidade de mudança. Então a gente vê empresas falando, nós temos que mudar, nós temos que mudar as coisas muito boas, nós temos que mudar, nós temos que fazer diferente, nós temos que inovar, nós temos que pensar diferente, Nós temos que estruturar nossa organização diferente. Mas quando a gente chega e fala assim então vamos fazer. Automaticamente você bate numa parede. Por quê? Porque as empresas, as organizações. Elas gostam muito. De falar sobre a necessidade de mudança, de criar esse senso de urgência da mudança. Mas quando a mudança parte da retórica para a ação. Bem, a situação fica bem diferente. E é mais ou menos o seguinte tá tudo errado, mude tudo, mas não mude a minha área, mas não mude o meu departamento, mas não mude o que eu faço, porque as pessoas têm esse princípio natural de defesa, de autoproteção.
Se a gente quiser pensar nisso e o que é importante, a gente é importante. Quando a gente pensa na mudança e entende isso, assim como todo mundo fala tanto da mudança, da necessidade de mudança, mas a gente não consegue mudar. Passa ano, passa ano e as coisas continuam do mesmo, da mesma forma. E por quê? É porque a primeira coisa a gente tem que entender o seguinte qual é o propósito e o ganho de longo prazo? Quando as pessoas aceitam a mudança, embarcam na mudança. Elas estão o tempo inteiro. Avaliando qual o benefício daquela mudança. Para elas, aquela mudança é boa para elas e por mais que ela seja boa para a organização, as pessoas vão muitas vezes agir de acordo com seus próprios interesses. Então, a primeira coisa que eu preciso entender é o seguinte. Qual a razão de ser daquela mudança? Como é que as pessoas vão comprar a ideia existencial da mudança e não a operação e não o detalhe, mas a ameaça que aquela mudança pode representar para o status quo daquela pessoa ou daquele grupo ou daquela área. E a segunda coisa é como é que a gente vai lidar com o medo? Porque a mudança gera medo. Eu já falei isso milhões de vezes. Toda vez que a gente muda, a gente tem uma instabilidade. A gente pensa assim será que eu vou ser útil? Num status pós mudança. Será que a minha competência vai ser relevante no status pós mudança? Será que o meu trabalho vai ser relevante no status pós mudança? Será que eu vou ser útil? Ou será que eu vou me tornar redundante? É isso que a gente vê, por exemplo, quando a gente implementa um projeto de inteligência artificial.
A maior parte das pessoas ficam apavoradas porque elas conhecem bem o que vai ser o meu trabalho depois que eu incorporar, por exemplo, esse tipo de atividade usando a inteligência artificial. Então, o que é importante? Gente? É importante a gente entender o seguinte que não adianta só pregar mudas, as vezes eu vou até ser sincero, é preferível não pregar a mudança. Se você não tiver a habilidade e a capacidade de entender os riscos que estão incorridos nessa mudança. Então, quando eu, Ricardo toma uma decisão de, por exemplo, agora eu vou fazer cursos on line e não necessariamente cursos presenciais, por exemplo. Só como um exemplo para vocês. Eu tenho que entender que isso vem com um monte de vantagens, como entender, mas vem com um monte de riscos também. E a partir do momento que eu não estou disposto a correr esse risco, então a melhor forma é não pregar a mudança. Porque se eu prego a mudança e sou incapaz de realizar, eu vou ter uma frustração enorme e uma incapacidade enorme de realizar, porque na verdade eu não estou, como a gente diz em inglês, o OCD TOC, ou seja, cumprindo aquilo que eu estou falando, eu estou simplesmente ali e fazendo uma retórica que simplesmente prejudica a minha organização.
É isso gente, Eu vou garantir que todos vocês estão ouvindo isso. Deve acontecer milhares de vezes, todos os dias na vida de cada um de nós, as pessoas pregarem uma coisa e na hora que você fala assim então vamos fazer. A pessoa chega e fala assim Não, não é isso aí, eu não quero fazer não. Isso aí para mim não é bom. Isso aí para mim não vale a pena. Então vamos sempre pensar nisso. Quando primeiro a gente for promover a mudança, nós temos que entender o seguinte nós temos que ter a capacidade de mudar. Eu já vi inúmeras pessoas chegarem para mim e falar Por que eu vou fazer isso? Eu vou fazer eu chegar para a pessoa e fala Então faz agora. Aí a pessoa fica muda. Porque ela é incapaz de transformar aquela ideia em ação. E aí, muitas vezes você perde a sua credibilidade, você perde energia e você promete uma coisa que você não consegue cumprir por causa da sua incapacidade de realizar. Então é muito melhor você ser sincero às vezes e dizer Olha, não dá para mudar. A gente não tem ainda a maturidade para mudar. Eu não tenho ainda maturidade para implementar o escritório de projetos. Eu não tenho ainda maturidade para gerir esse projeto dessa forma. Mas eu vou trabalhar nesse sentido do que você prometer algo que você não tem a menor capacidade de cumprir. Pense nisso e até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.