O Preço da Pressa: Como a Urgência Afeta a Qualidade dos Projetos

Neste episódio, Ricardo discute os perigos de priorizar a velocidade em detrimento da estratégia na gestão de projetos. Ele comenta que ser ágil significa adaptar-se e aprender rapidamente, e não correr às cegas. A urgência frequentemente leva a planejamentos ignorados, decisões equivocadas e retrabalho dispendioso. As equipes sofrem sob pressão e, quando ocorrem atrasos, são injustamente culpadas. Ricardo argumenta que um início mais lento e ponderado — envolvendo planejamento adequado e engajamento das partes interessadas — pode acelerar o progresso a longo prazo. Ele incentiva os líderes a educarem as partes interessadas sobre a diferença entre pressa e aceleração inteligente. Um cronograma realista não é um atraso, mas um investimento em sucesso sustentável.

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Olá pessoal! Aqui é o Ricardo Vargas e esse é o 5 Minutes Podcast. E hoje. Hoje eu quero falar sobre um tema que me incomoda há muito tempo essa nossa obsessão pela velocidade nos projetos. A gente vive num mundo onde tudo precisa ser pra ontem. E isso reflete diretamente a forma com que lideramos, executamos esses projetos. Mas será que essa urgência toda realmente acelera os resultados? Ou será que estamos apenas correndo para depois voltar e refazer? Uma coisa e ter agilidade e outra coisa bem diferente é ter pressa. Agilidade envolve adaptação, ciclos curtos de aprendizado e melhoria contínua. Já a pressa, por outro lado, ela ignora os riscos, ela atropela o planejamento e transforma decisões estratégicas, muitas vezes em reações impulsivas. E o resultado disso, o resultado disso é claro retrabalho, Rework. E o retrabalho tem um custo altíssimo. Eu sempre digo a forma mais cara de aprender é com o erro e com o retrabalho. Cada decisão mal tomada no início porque não dava tempo de pensar melhor, cobra seu preço mais a frente, com correção, com atraso, com frustração. Isso sem contar o desgaste da equipe, que se sentem pressionadas, se sentem desvalorizadas quando o foco, o foco, está só na velocidade. O foco não está na qualidade, não está em produzir algo mais legal. Muitas vezes é devagar no começo, entender bem o problema, escutar as partes interessadas e desenhar um bom plano faz com que seu projeto ande muito mais rápido depois. É como aquele ditado devagar se vai ao longe. E nos projetos, esse longe é justamente entregar um valor sustentável e não um sprint vazio. E olha, eu já vi projetos que tinham tudo, mas tudo mesmo para dar certo. Eles foram comprometidos só porque alguém no topo queria cortar o prazo pela metade. E o curioso é que quando o projeto atrasa e geralmente atrasa, a culpa recai sobre o time e não sobre quem impôs essa pressa. Por isso, a gente precisa ter coragem de dizer que esperar mais uma semana pode evitar três meses de retrabalho. Precisamos também mostrar dados, experiências que comprovem que o cronograma realista e o investimento não são um atraso. É melhor alinhar essas expectativas desde o início do que passar semanas e semanas gerenciando frustrações. O nosso papel como líder de projetos é educar os stakeholders sobre isso. Mostrar que apressar não é o mesmo que acelerar e que o melhor caminho nem sempre é o mais rápido, mas sim o mais sólido. E lembrar sempre que pressa pode até parecer eficiência, mas muitas vezes é só o caminho mais curto para o retrabalho. Pensem sempre nisso. Espero que vocês tenham gostado desse episódio e até semana que vem sem pressa, com mais um 5 Minutes Podcast. Até lá!

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