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Olá, pessoal, aqui é o Ricardo Vargas e esse é mais um Five Minutes podcast. Hoje eu queria contar uma história para vocês. Eu nunca esqueço quando eu vi pela primeira vez o filme Redes Sociais ou Social Network, que conta a história inicial do Facebook do Mark Zuckerberg. E naqueles primeiros minutos de filme eu vendo poxa, como é que a gente faz para nos relacionarmos com as meninas e eles brincando em como escolher as opções que eles tinham, como é que eles iam integrar, ou seja, tudo começando com uma brincadeira e de repente aquilo virou o Facebook. E aí, o que aconteceu na minha cabeça? A primeira coisa que eu pensei e falei assim. Por que é que eu não tive essa ideia? Por que não fui eu que criei? Por que foi o Zuckerberg? E assim se vai em 1 milhão de coisas. Por que que a gente pensa tão igual e quanto isso prejudica os nossos projetos? A maior parte das vezes, quando a gente vai fazer um projeto, a gente está buscando criar um produto novo, criar um serviço novo, criar alguma coisa que adicione valor para o nosso cliente ou para quem quer que nos escolheu para gerenciar aquele projeto. Mas na maioria das vezes a gente acaba sendo acondicionado dentro daquela mentalidade tradicional nossa de pensar sempre igual, pensar sempre da mesma forma.
Uma tendência natural de repetir é igual eu falo. A gente muitas vezes vai sempre no mesmo restaurante, vai sempre e comendo as mesmas coisas no menu e sempre com os mesmos amigos. Mas, no entanto, a gente quer encontrar algo que seja diferente. E isso é o que eu digo, onde a maior parte das pessoas está pensando de forma igual. Talvez as pessoas não estejam pensando muito. A maior parte das vezes, as grandes pessoas que eu tive a oportunidade de atuar em gerenciamento de projetos. Eles tinham uma forma diferente de ver as coisas. Eles quando iam estruturar o escopo do projeto, eles questionavam até aquilo que você fala assim, mas poxa, mas isso é tão óbvio? Eles questionavam esse óbvio. Eles pensavam diferente. A maior parte dos aplicativos que nós estamos vendo hoje em inteligência artificial, eles são fruto dessa disruptura. Eles não são frutos daquele pensamento linear, contínuo, no qual a gente foi criado. Então, o que é importantíssimo para nós é a gente tentar aumentar o nosso potencial criativo. Eu não estou dizendo que da noite para o dia você vai deixar o seu espírito de planejar, de estruturar as coisas para um espírito, vamos dizer, mais livre. Mas o maior problema que a gente tem é que, como a gente muitas vezes é muito técnico e muito cartesiano, a gente quer assim fazer o Kanban certinho.
A gente quer fazer o cronograma certinho. A gente perde a oportunidade de pensar diferente. E é essa dica que eu quero dar para vocês. E é uma dica que custou muito para eu escolher e para eu aprender. Então, a primeira coisa que eu acho que a gente tem que pensar é o seguinte. No seu dia a dia, quanto você está dedicando ao novo e quanto você está dedicando a fazer a repetição de ontem? Quanto você está dedicando no seu dia a não só aprender, mas a explorar, a questionar, a avaliar de uma forma diferente. Versus o quanto você está fazendo que é nada mais nada menos que uma repetição da semana passada ou do mês passado, ou do ano passado. Ou seja, quanto você está dedicando a isso? E essa fração entre o que você está dedicando no novo e o que você não está dedicando no novo é o que vai dizer o quanto você está tentando abrir e descobrir uma nova fronteira. Eu falo de experiência própria. Todo dia eu tento ver alguma coisa nova, aprender alguma coisa nova, conversar com alguma pessoa que é muito diferente de mim. Isso vai me ajudar a quebrar isso. Eu acho que é super, hiper importante. Eu já gravei um episódio falando sobre isso, desse conceito de desaprender. É o conceito que a gente precisa abrir a nossa cabeça, desaprender para abrir espaço para pensar em coisas diferentes.
Eu acho que isso é absolutamente crítico para nós. A nossa habilidade, vamos dizer, de pensar fora da caixa, de pensar de um jeito diferente. Isso é que vai fazer com que a gente ande para frente. E eu nunca vou esquecer o que eu fiz o ano passado, quando eu fui no Burning Man. Eu deixei todo o convencionalismo de uma pessoa que é engenheiro, sabe, vamos dizer, bem estruturado, uma pessoa que andou praticamente a vida toda num trilho e um trilho profissional etc. De repente ir para um lugar poxa, onde assim de dez dias eu tomei banho três dias, um lugar onde eu troquei a noite pelo dia, um lugar que não tinha luz, um lugar que eu tinha que levar tudo ao mesmo tempo, tinha música eletrônica que eu nunca tinha visto ouvido antes. Então de repente eu saí do meio ambiente. E eu vou te dizer das melhores experiências que eu tive na vida, das melhores experiências que eu tive na vida. Por quê? Porque isso me fez com que eu voltasse enxergando as coisas um pouco diferente. E hoje eu desafio Toda vez que eu falo com todo mundo que está atuando em projeto, eu falei assim o seu objetivo não é buscar a conformidade. O seu objetivo não é sentar-se na mesa e todo mundo só pensar igual.
Hoje, infelizmente, as redes sociais nos provocam isso. As redes sociais, elas são redes de conformidade ou então de polarização. Mas elas são de conformidade. Eu brinco toda vez que você for na rede social e der um curtir num gatinho a sua, a sua, o seu feed vai ser alimentado por gatinhos por uma semana. Por quê? Porque eu não quero. Eu quero que você fique lá. E aí o que acontece? Muitas vezes a gente não tem o desconforto de descobrir o novo, porque o novo incomoda, porque a gente não conhece. Então, muitas vezes as soluções de projetos de engenharia que eu já vi, as soluções de projetos de tecnologia que eu já vi, as soluções de marketing que eu já vi, os melhores comerciais que eu já vi na minha vida. 20 pessoas que saíram daquela caixa e pensaram diferente. Então prestem atenção porque no seu toolbox como gerente de projeto, essa habilidade pode fazer toda a diferença. Não busque a conformidade. Busque a inovação. Pense de uma forma diferente e se exponha a experiências diferentes para exatamente você ter esse músculo da criatividade bem-preparado. Pense nisso e até semana que vem com mais um Five Minutes Podcast.