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Olá pessoal! Bem vindos a mais um Five Minutes Podcast. Hoje pra continuar falando sobre anti-frágil. Se vocês lembrarem, na semana passada eu falei um pouco sobre o conceito de antI-frágil, que o conceito de anti-frágil não é aquele que resiste ao choque, que seria ali aquela visão oposta ao frágil. O frágil se destrói com o choque, então o oposto é aquele que resiste ao choque. É o que o Nassim Taleb fala que, na verdade, o anti-frágil é aquilo que melhora com o choque. E aí eu dei vários exemplos. Eu falei sobre o músculo, eu falei sobre o OVID de eu falei sobre o dente-de-leão ou dandelion. Eu dei vários exemplos abordando isso. E agora, é claro, todo mundo me pergunta o seguinte como é que eu consigo ter um sistema anti-frágil? E quando eu falo sistema, pode ser você pode ser sua carreira ou pode ser a sua empresa. E ele propõe um modelo chamado Técnica da Barra de Barbell. O que a barra de Barbell é aquela barra de musculação que na verdade é um ferro, e nesse ferro você coloca peso de um lado do outro e você equilibra esses dois pesos para que a barra, vamos dizer, não pese para um lado e essa barra ela tem uma característica é que no meio você não põe nada e isso é a primeira explicação que ele dá. Ele fala o seguinte: o primeiro passo para você se tornar anti-frágil é diminuir a fragilidade, então a primeira coisa, antes de você pensar em qualquer coisa,
você tem que entender o seguinte que você tem que dividir. Imagine aqui para ficar mais fácil de explicar pra vocês e que seja investimento, dinheiro que você tenha R$100,00 e você vai dividir o investimento. O que é o conceito da barra de Barbell para diminuir a fragilidade, você vai pegar 90% do dinheiro, ou seja, R$90 , e vai colocar em iniciativas de baixíssimo risco, o risco mais baixo que você conseguir. E vai pegar 10% e vai colocar do outro lado da barra em altíssimo risco. É como se você pegasse assim, investisse no Tesouro americano 90% do seu dinheiro e 10% do seu dinheiro você investisse em Bitcoin e o que ele diz ele é o seguinte não adianta investir no meio por isso conceito. Não existe risco moderado que ele fala: pegue a parte relevante mesmo 85, 90% diminua o risco a praticamente zero, e pegue o restante e coloque no risco total. Ele fala não fique no meio. Eu não estou aqui discutindo se isso é bom ou ruim. Muitos economistas seguem essa linha. Muitos economistas abominam essa linha, mas qual a mensagem para nós é que empírica. Não estou dizendo que vai ser 90 ou que vai ser dez e que você não pega e põe tudo no mesmo saco e coloca tudo em risco. Um exemplo que eu quero dar para vocês e que eu adoro, foi um trabalho que eu fiz na época da Brightline, quando eu estava na Brightline, que nós fizemos uma pesquisa junta The Economist, falando sobre transformação, etc, que é um processo de risco,
e um dos casos que a gente usou foi o caso da Volkswagen, que a Volkswagen chama de To Speed And, no motor de duas velocidades onde ela pegou. E é o processo inovação, que é um processo que tem um risco inerente. E ela pegou e colocou 90% do investimento do capital, do esforço dela em inovações progressivas, previsíveis, ou seja, como fazer um melhor carro no futuro e 10% eles tacaram completamente no risco e vamos redefinir a forma de transporte de tal forma que o risco ele não compromete a operação toda, isto é, diminuir a fragilidade. Se você coloca uma barra completamente desequilibrada ou tenta colocar as coisas no meio, você não consegue ganhar na anti-fragilidade e cria um sistema mais frágil porque você não tem nada que é capaz de resistir. Então é mais ou menos 90% você coloca numa solução robusta que evita o choque e 10% você coloca uma solução completamente anti-frágil para ganhar no choque. Bem, outra coisa o segundo passo, além da diminuição da fragilidade, é você gerar opções. É o seguinte quanto mais opção você tem, menos frágil você se torna. E isso me faz lembrar a série What Matters, que eu gravei um ano atrás, onde um dos episódios, o episódio número dois é sobre opções. E eu falo sobre carreira.
É o quê? Quem tem opções tem menos risco, é óbvio, porque você se torna mais anti-frágil. Por exemplo, a Hydra, quando você corta uma cabeça, nascem duas. Porque, então, quanto mais você agride, mais opções a Hydra tem de eventualmente te atacar de volta. Falando sobre o mito da Hidra de Hércules e outra coisa, como é que você gera essas opções? Basicamente, gera essa opção através de dois métodos um criatividade e curiosidade. Ou seja, pensar as coisas fora da caixa, seja pensar em formas diferentes de se fazer o trabalho. O resistente ele pensa em voltar à situação, ao estado anterior à turbulência, o curioso criativo em anti-frágil, eles querem o quê? Aproveitar aquele momento para criar uma disruptura e conseguir se posicionar melhor lá na frente. E você gera opções também, desaprendendo. Seja é desaprender, é difícil desaprender eu vou dizer que é tão ou mais difícil que aprender. É você retirar os aspectos culturais, os mitos, os valores, os preconceitos que você tem. O terceiro passo é modularizar, é você criar o que módulos ou você tentar criar diques ali, fronteiras para quando você faz uma iniciativa, se aquela inciativa dá errado, ela não afeta tudo. É igual aquele jogo Jenga. Eu não sei se vocês lembram umas madeirinhas que você vai empilhando e a pessoa vai tirando as peças sem tentar destruir a torre como um todo. E essa pessoa, a pessoa consegue tirar mais peças sem destruir a torre ganha o jogo.
Isso é o conceito de modularização, porque é a mesma coisa de diversificar. É a mesma coisa de gerar opções. Ou seja, uma das formas você gera a opção através da modularização. O quarto, esse eu adoro arriscar a própria pele. Uma das principais formas de você criar um sistema frágil é quando a pele das pessoas está envolvida. E eu adoro contar esse caso para vocês. É o caso que é atribuído aos arquitetos da Roma Antiga. Muita gente pergunta por que a Roma Antiga é tão sólida? Por que nós temos hoje pontes e construções que, poxa, 2000 anos sem necessariamente uma tecnologia construtiva tão brilhante. E por que eles dizem o seguinte que toda vez que o arquiteto construía uma ponte, a lenda diz que ele era obrigado a morar embaixo da ponte por uns seis meses. Isso fazia com que o que primeiro com que o arquiteto pensasse muito bem nos cálculos que ele iria fazer para assegurar que a ponte não iria cair, porque se a ponte caísse, ele ia pagar com a própria vida a própria pele. E a segunda coisa é que, ao fazer um processo como esse, você também automaticamente eliminaria os maus arquitetos. Bem, é lógico, eu não estou falando que isso a gente deve fazer. Eu estou usando isso, eu nem sei se é uma verdade ou uma lenda, mas é o quê? Quando a sua pele imagina que você está com um investimento e o seu investimento está atrelado ao desempenho da empresa, é claro que isso você vai agir no seu próprio interesse e você vai ter uma chance maior de se tornar anti-frágil, porque você vai falar o seguinte se isso tudo aqui afundar, eu estou junto nesse barco afundando. E o quinto e último é reflita e aprenda com o fracasso.
Ou seja, é aprender com a cada vez que você tiver uma ruptura e aparecer um pedaço dentro do seu sistema, que é frágil, que ele só apareça uma vez. É igual, eu adoro, por exemplo, esse mecanismo de inteligência artificial de robôs de inteligência artificial. Quando eles erram uma coisa, eles erram só uma vez e eles rapidamente corrigem a rota. Então é exatamente isso que a gente precisa. Uma empresa anti-frágil não é uma empresa que não erra. É uma empresa que quando ela erra, ela aprende e se reestrutura tão rapidamente que chega num ponto em que ela consegue se estruturar de uma forma a gerar uma vantagem competitiva sustentável. Bem, são esses os cinco passos. Só recapitulando rapidamente diminua essa fragilidade, lembrando daquela barra do levantador de peso, você gere opções, você modulariza, arrisca a própria pele e reflete e aprende com o fracasso. É essa a principal forma de se tornar anti-frágil.
Bem, pessoal, espero que vocês tenham gostado dessa série. Desculpa ter passado bem do tempo, mas esse é um tópico que eu acho que é relevante a gente discutir. Um abraço a todos e até semana que vem, com mais um, Five Minutes Podcast.