Planejamento Forense: Usando o Gerenciamento de Projetos para Abordar Reivindicações, Disputas e Litígios

No episódio desta semana, Ricardo fala sobre o Planejamento Forense, explicando que esta é uma área do Gerenciamento de Projetos muito utilizada para reivindicações (claims), litígios e processos.

Muitas vezes em projetos de capital ou projetos de grande porte, atrasos e outros tipos de disruptura acontecem onde as partes discordam sobre de qual lado é a responsabilidade.

Esse tipo de trabalho tenta avaliar e apoiar as partes na solução e identificar a causa raiz do problema. Por exemplo, analisando se aquele atraso poderia ser evitado ou não, ou se o estouro no orçamento é passível de uma reparação de uma das partes ou não.

Ricardo explica que o conceito tradicional de gráfico de Gantt ou a análise de caminho crítico estão sendo usados em tribunais, painéis de moderação e medições para endereçar este tipo de disputa entre as partes interessadas, através do planejamento forense.

Ele também finaliza com um desafio. Por que outros tipos de projeto não podem se beneficiar desse tipo de abordagem?

Escute o #5minpodcast dessa semana para saber mais.

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Transcrição do episódio

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Olá pessoal! Bem vindos a mais um Five Minutes Podcast. Você sabia que existe uma área do gerenciamento de projetos que é utilizada para endereçar reivindicações, disputas, litígios, processos? Essa é uma área chamada planejamento forense. O que é isso? Muitas vezes em projetos de construção e projetos de capital, em projetos muito grandes. Você naturalmente tem atrasos. É quando você tem, por exemplo, um contratado dentro desse projeto. O contratado pode dizer que esse atraso não é de responsabilidade dele, porque você, como contratante, tinha uma determinada premissa que você não recebeu. E você, por outro lado, atribui esse atraso a ele. Então, o que o planejamento forense faz? Ele avalia, através do uso de especialistas, tanto no objeto da construção quanto em gerenciamento de projetos, e tenta apoiar as partes na solução da disputa. Ou seja, tenta identificar o seguinte qual é a causa raiz daquele atraso? Aquele atraso era um atraso que podia ser evitado ou podia ter sido superado ou não. Aquele estouro no orçamento era um estouro. O orçamento que ele era passível de uma ação reparatória por parte, por exemplo, de uma das partes ou não. Ou seja, simplesmente é um evento acima da capacidade das duas partes. Então, o que eu acho interessantíssimo é que nós estamos usando o conceito tradicional, muitas vezes de gráfico de gante, análise de caminho crítico etc. Coisas que a gente pensava vamos dizer que não eram mais usadas. Mas isso muitas vezes está sendo utilizado hoje em tribunais, em painéis de moderação e mediação, para exatamente endereçar esse tipo de disputa que pode se dar entre o contratante e o contratado, entre o contratado e o subcontratado, entre o subcontratado e o patrocinador.

Então, tudo isso, todo esse motivo, por exemplo, para atraso, extensão de prazo, pedido de adicional de contrato. Tudo isso pode ser feito através desse planejamento forense. Eu vou dar um exemplo hipotético para vocês. Imagina que você está construindo uma barragem hidroelétrica, essa barragem hidrelétrica, o contratante. Ele tem uma cláusula dizendo o seguinte se tiver qualquer tipo de incidente no acesso às obras, nós vamos parar as obras. Mas o que não significa que nós vamos, vamos dizer, parar de cobrar. Ou seja, nós vamos dizer que não temos condições de segurança para poder trabalhar. E aí o planejamento forense vai dizer o seguinte esse era o único tipo de acesso que eles poderiam ter usado para poder transportar o trabalho. Ou você tinha um acesso secundário, porque se muitas vezes tivesse um acesso secundário, bem, essa alegação não existe. É uma mistura superinteressante de direito com projetos, e isso assim eu já vi, sendo usado muitas vezes em projetos de grande porte. Mas eu acho que existe inclusive uma oportunidade para você trabalhar, por exemplo, em projetos, porque não projetos de tecnologia ou projetos menores. Ou seja, quando você contrata alguém para desenvolver um determinado sistema para você e você tem atraso, você tem uma ruptura. Como é que essa responsabilidade vai se dar? Esse é um assunto interessante pra gente pensar se é esse um assunto sensacional. E eu queria agradecer a dica do Carlos Augusto, que conversou comigo sobre isso e me deu a ideia de gravar esse podcast. Bem, espero que tenha sido de algum valor para vocês até semana que vem, com mais um, Five Minutes Podcast.

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