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Olá pessoal! Bem vindos a mais um 5 Minutes Podcast! Hoje eu queria dar uma dica para vocês que eu acho que muita gente faz da forma errada. Quando você está calculando o risco e tentando identificar sua exposição, uma coisa comum que a gente faz é calcular a probabilidade vezes o impacto. Então vamos dar um exemplo. Existe uma probabilidade de 10% de você ter uma perda de, por exemplo, 100 $, 10% de 100 $, 100. Esse é o tamanho da sua exposição. A partir do momento que você lista os seus riscos e você multiplica a probabilidade pelo impacto e soma esses valores, você chega a sua exposição total. Então, por exemplo, nesse caso eu falei 100. Mas vamos supor que tem um outro risco com 20% de chance de você, por exemplo, perder 1000, também 200. Ou seja, esses dois riscos juntos, um tem uma exposição de 200, outro tem uma exposição de 100, o total 300. Mas aí é que vem a pegada desse processo. É que esse conceito de entender que a exposição global do seu projeto é a soma da exposição dos riscos ele só vale se você tiver uma quantidade muito grande de riscos, porque se você tiver uma quantidade muito grande de riscos, você pode assumir o quê? Que alguns riscos vão ocorrer, enquanto outros não vão ocorrer. E aí, o que que acontece? Esse montante de exposição, por exemplo, quando você vai calcular uma reserva e fala olha a minha reserva, então vai ser de 300, porque é uma exposição de 100 no primeiro risco, uma exposição de 200 no segundo risco.
Mas se o risco um, que é o risco de 1000 ocorrer, ou o risco dois, que é um risco também de 1000, com 20% de chance ocorrer, o que que vai acontecer? Você não vai ter dinheiro para cobrir esse risco porque 300 é menor do que 1000. Entenderam. Esse é a sacada e um grande erro que as pessoas têm. As pessoas acham que simplesmente calculando o MV e somando as MV, você vai ter como se fosse uma proteção do seu projeto. Isso só é verdade se você fizer uma identificação muito precisa dos riscos e você listar inúmeros riscos de tal forma que você vai ter uma espécie de seguro coletivo, onde a não existência de alguns riscos vai compensar a de outros riscos. É como gente a sua diferença para uma seguradora. Por que você não tolera o risco de ter seu carro roubado, mas a seguradora tolera? Ela te vende esse risco? Desculpa. Ela te compra esse risco. Por quê? É porque a seguradora tem milhares de carros. Então ela acredita que naquele conceito de milhares de carros, o que ela vai perder de carros, por exemplo, para os sinistros, vai compensar.
Mas como você só tem um carro, a sua probabilidade é zero ou 100%, porque você só tem aquele carro. Então vamos dar um exemplo que a taxa da seguradora seja de 10%. Se ela tiver dez carros, ela está assumindo que ela vai perder um carro por ano. Agora, se ela tiver 10.000 carros. Perceberam. Ela consegue o que? Equalizar o seu risco. Então, o que acontece quando você faz gestão de risco e você tem poucos riscos? Você pode usar o MV como uma perspectiva, mas muitas vezes você tem que analisar o que é a sua tolerância ao risco. Se a sua tolerância ao risco é muito baixa, você tende a trabalhar com o que a gente chama de pior cenário. Pior cenário é quando? O que? Quando? Grande quantidade daqueles riscos que você previa pensando neles como ameaça acontecem e você tem ali o seu pior cenário. Você calcula a sua reserva baseada no pior cenário. É lógico. Se alguns desses riscos envolverem catástrofes ou envolverem o que a gente chama de cisnes negros. Bem, aí mudou tudo. Porque? Porque você não consegue ter uma reserva, por exemplo, de falar assim Olha, por exemplo, eu tenho uma. Eu estava vendo recentemente aquele D10 do Netflix com o acidente da usina de Fukushima.
Bem, você não pode falar bem, então vou ter um acidente na usina de Fukushima e eu vou para o Japão. Bem, se isso aconteceu, o que que vai ser o efeito? Ou seja, o efeito vai ser catastrófico. Ninguém vai fazer projeto nenhum. Então, ou seja, você tem que ter esse balanço e esse balanço e a sua atitude perante o risco. Ou seja, é esse que é o principal. Determinante é você entender o que realmente tem em termos de benefício daquele projeto, vis a vis os riscos que você está correndo daquele projeto. E cada empresa vê isso de uma forma diferente. Então calcular o MV, por exemplo, para aqueles aí que estão estudando para o PMP é uma visão simplista, porque se você pega um exercício com três riscos e calcula o MV dos três e soma e acha que você está protegendo o seu projeto, você não está, você não está, inclusive protegendo o seu projeto contra aqueles três riscos que, se eles ocorrerem, a reserva que você tem não é suficiente. Então a gente sempre tem que pensar de uma forma mais holística e mais ampla ao analisarmos os riscos. Bem, um abraço para vocês e até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.