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Olá pessoal, aqui é o Ricardo Vargas e esse é mais um 5 Minutes Podcast. Recentemente minha filha mais nova chegou comigo com uma dúvida perguntando assim Pai, o que é cadência de entrega ou delivery cadance em projetos? E aí eu cheguei e falei assim poxa, esse é um conceito tão importante que eu não só vou explicar para você como eu também vou fazer um podcast rápido para a gente recordar um pouquinho a importância, principalmente do conceito de cadência. O que que é um projeto? O projeto ele tem como objetivo entregar alguma coisa, certo? Ele entrega um serviço, entregar um produto ou um determinado bem. Só que muitas vezes, se a gente pensar de uma forma mais radical, existe uma cadência que ela é quase inevitável, que é o que a gente chama de single delivery. E quando acaba o projeto, é esperado que o produto esteja pronto. E isso aí seria assim, a forma mais radical de planejamento. Por quê? Porque você está atrasando para o fim do projeto a entrega. Porque a maior parte dos benefícios eles vão ser entregues, é claro, quando o projeto acabar. Então, o que acontece além desse single delivery que a gente praticamente não usa mais, porque ninguém quer aguardar, vamos dizer, um tempo enorme para poder começar a colher os benefícios. A gente tem o que? O conceito de entregas múltiplas, que é quando você constrói um projeto com determinados marcos e você vai seguir uma cadência ao ponto de entregar aquele marco numa determinada data, outro marco, numa outra determinada data. Isso é muito comum em projetos que usam o modelo incremental ou o modelo waterfall que a gente chama e é muito comum também, por exemplo, em obra, em projetos de capital, etc, onde você não consegue ter uma entrega periódica, você muitas vezes vai ter uma entrega no primeiro mês, depois outra entrega no quinto mês. Depois eu tenho entrega no 12.º mês. Quando a gente vai para um modelo mais ágil, principalmente de desenvolvimento de software etc, a gente tem o que? O conceito de entrega periódica ou o que a gente chama de timebox, que é o que? A cada sprint, a cada iteração, você faz determinadas entregas. Então, por exemplo, a cada duas semanas você tem uma entrega. A cada uma semana você tem uma entrega. A cada três semanas você tem uma entrega. Isso é muito comum em projetos usando Scrum usando ágil. E nós temos no mais radical. O que a gente chama de entrega contínua. É o seguinte à medida que ficou pronto, você coloca no ar. Isso é muito, muito comum. Quando a gente usa DevOps, quando a gente usa, por exemplo, desenvolvimento de software, onde o software, aquela nova funcionalidade, está pronta, você não espera o final do seu sprint, você já coloca ela no ar para já colher os benefícios. Bem, agora, qual é a lógica disso tudo que eu estou falando, não é? Falar sobre a diferença entre single delivery múltiplos, delivery periódico e contínuo. Mas é entender o seguinte para que que a gente faz isso? A gente faz isso porque tudo que a gente quer é diante de um cenário de projeto, que é um cenário estável, que é um cenário complexo, muitas vezes a gente ter o quê? Previsibilidade. Então você tem uma expectativa. Então você chega para as partes interessadas, os stakeholders do seu projeto e fala Olha, quando eu acabar esse sprint, em duas semanas eu vou ter essa entrega. Então as pessoas que vão receber esse produto, por exemplo, elas já, o quê? Vão ter a expectativa de que em duas semanas aquele produto vai ser entregue. Então é para isso que você tem. Porque senão você não tem previsibilidade nenhuma. Você não consegue nem saber se você está adiantado ou atrasado. Eu, por exemplo, uso muito em projetos que são os projetos que eu trabalho muito, que são os projetos de capital, eu uso muito o conceito de entregas múltiplas, onde a gente atua em diferentes marcos e pontos de controle no projeto. Onde eu uso uma coisa que eu já falei muitas vezes aqui, o MTR ou Milestone Trend Analysis, que é uma visão gráfica como se fosse um gráfico com um triângulo com a ponta para baixo. É um triângulo isósceles onde eu consigo avaliar visualmente se aquele marco a previsão dele é que ele seja atingido ou não. Agora, tudo o que eu quero, quando eu penso em cadência de entrega é dar previsibilidade. Lembra disso. Previsibilidade é tudo o que a gente quer. Como se a gente tentasse transformar o nosso ambiente de projeto num ambiente de produção de manufatura, por exemplo, onde você vai ali e produz um carro por hora. Ou seja, é a mesmo conceito que a gente quer quando a gente move para esse conceito de periódico e contínuo. É claro, gente, a natureza do projeto influencia a cadência que você tem. Você não consegue pegar e construir um aeroporto falando assim, a cada sprint de duas semanas eu entrego alguma coisa. Você pode até entregar numa parte de software, etc. Mas você não entrega a pista. Ah, eu entrego 20 metros de pista, então avião teco teco pode pousar agora. Eu entreguei mais 40 metros. Não. Agora o monomotor pode pousar. Bem, não é assim que funciona em mercados regulados você tem muito mais, vamos dizer, necessidade de ter uma entrega robusta. E aí essas entregas múltiplas que eu falei de marcos se tornam mais viagens. Mas é isso que eu queria falar com vocês essa semana. Pensem sempre na finalidade no qual você determina a cadência do seu projeto. Lembra? Tudo o que você quer é dar previsibilidade para as partes interessadas e principalmente, para as partes interessadas que estão na frente. Ou seja, as pessoas que vão receber o produto ou a entrega que você vai fazer no seu projeto. Pensem nisso e até semana que vem com mais um 5 Minutes Podcast.