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Olá pessoal! Bem vindos a mais um 5 Minutes Podcast! Eu queria essa semana fazer uma autorreflexão e convidar todos vocês a gente refletir um pouquinho sobre o conceito do burnout e entender que esse é um fato relevante na nossa vida, principalmente gerenciando projetos e ainda mais nos tempos atuais. E eu queria compartilhar um pouquinho com vocês, assim, essas últimas semanas minhas têm sido semanas, vamos dizer, maravilhosas do ponto de vista profissional, muita coisa acontecendo nos nossos trabalhos que a gente tem feito em inteligência artificial. Muita coisa acontecendo, muita viagem, muitos eventos, etc. E isso pode soar assim, Poxa, e o Ricardo, um super homem, sabe ser uma pessoa que consegue fazer esse tanto de coisa e isso me fez refletir com vocês o seguinte que assim como qualquer pessoa, eu também tenho inúmeras fragilidades. Talvez quando vocês escutam o podcast assim, vocês podem não perceber esse tom de voz. Agora, por exemplo, eu estou gravando aqui de madrugada isso, mas eu queria falar isso, que eu acho que é uma obrigação a gente falar um pouquinho sobre o burnout. O que que é o burnout? Burnout, não necessariamente ele acontece só quando acontecem coisas ruins ou quando você eventualmente tem um chefe que seja muito rigoroso ou muito que te persegue, ou que tem um comportamento errático. Não muitas vezes. E pode ter. Bernal também. Quando tudo tá muito bem, é só para vocês terem uma ideia, eu ando super cansado, tudo. E eu, esse fim de semana em Londres eu assisti o show do Depeche Mode. Eu sei que provavelmente a maioria de vocês que está ouvindo isso nunca deve ter ouvido falar. Não sei se você tem mais de 50, 40 ou 50 anos, mas o Depeche Mode fez muito sucesso na década de 80 e é lógico, a banda já é uma banda, vamos dizer, muito mais madura. E o que mais me chamou a atenção nesse show é o título Memento Mori e Memento Mori é uma frase que vem do latim e assim a morte é certa e é uma das características de movimentos filosóficos, etc. Eu não vou nem entrar aqui de estoicismo, etc. Mas é sim a realidade que assim a vida passa muito rápido quando você está diante dela e a gente precisa entender isso. E o que mais me chamou a atenção é que na hora de ir embora desse show em Londres, tava tudo lotado, tava saindo tudo e eu assim, por uma questão talvez de um segundo ou talvez de dez centímetros, eu não foi atropelado por um ônibus. Assim, eu literalmente me vi em baixo num ônibus em alta velocidade ao sair de lá. E isso me fez fazer uma reflexão enorme sobre um monte de coisas. Muitas vezes, quando a gente pensa em burnout é super importante a gente pensar o seguinte existe uma tendência natural a gente ficar mais irritado.
A gente fica assim, muito fora do momento presente. Foi o que aconteceu. É mais ou menos assim eu to andando, tentando pegar um táxi, mas eu não tô nem lembrando do táxi ou da rua, etc. Eu tô lembrando do trabalho que eu tenho que fazer naquele sábado à noite antes de ir dormir. Além disso, você fica nessa ruminação sem fim sobre o trabalho, uma tendência natural de querer se isolar. Eu, por exemplo, e nas últimas semanas estou assim, uma dificuldade para conviver socialmente, porque eu estou tão apertado de trabalho que eu tenho essa tendência natural a me isolar. Acaba que você tem dificuldade para dormir ou dificuldade para acordar, Você acaba ficando mais vulnerável a ficar doente. Então, o que eu quis e estou falando isso com a maior sinceridade com você é porque isso acontece e acontece com todo mundo, acontece com todo mundo. Muito provavelmente quando eu falei desse sintomas, muitos de vocês estão me ouvindo também, vão estar nessa mesma situação e eu, lógico, tento, vamos dizer, combater isso. É lógico que eu tenho uma agitação natural, que é minha, que é parte de quem eu sou, Mas eu tento hoje assim muito fortemente, colocar algumas regras para mim que eu queria compartilhar com vocês, para evitar com que vamos dizer esse descontrole que eu tive nessas últimas, talvez duas semanas. Aí aconteceu novamente. Bem, a primeira coisa é você criar limites claros, ou seja, limite assim, até que ponto eu vou, até que ponto eu deixo de ir? Até que ponto eu trabalho, até que ponto é hora de eu parar e fazer outra coisa? Segunda característica esse eu tenho muita dificuldade. Falar não, é a habilidade que você tem de falar não, simplesmente falar não quando alguma coisa aparece, porque muitas vezes é, no meu caso, se eu vejo oportunidade em tudo, então eu preciso aprender, eu acho que você também, a falar não, a dizer o seguinte olha, esse eu não posso fazer. Isso não é uma ofensa, é simplesmente o limite do que é humano ser feito. A terceira coisa é você praticar o seu cuidado pessoal e a sua reflexão. É o que eu estou fazendo aqui agora. Eu ao gravar esse podcast, eu não só estou beneficiando aí talvez as pessoas que vão estar ouvindo, mas eu estou me beneficiando, porque é um ahora que eu tenho de refletir sobre a minha própria atitude diante dos desafios de fazer um monte de projeto, de dar um monte palestras, estão um monte de coisas, escrever um monte de artigo de tá ali quase que onipresente em tudo e me esquecer muitas vezes que eu sou humano, que eu tenho taquicardia, que eu não durmo, que às vezes eu fico agitado, que às vezes eu fico mais agressivo, que às vezes eu fico extremamente ansioso, que eu fico agitado. Então, entender e praticar esse cuidado com você mesmo.
Lembra do que eu falei do Memento Mori? Porque assim a vida é uma só. Então imagina que hoje eu poderia não estar gravando esse podcast porque eu fui atropelado, entendeu? Então, assim é ter esse cuidado com você. Eu fui atropelado e não vou dizer que é culpa do ônibus ou etc. É culpa do excesso de pensamento recorrente num monte de outras coisas que não seja atravessar a rua, perceberam? É ter esse cuidado. A quarta coisa é fazer exercício e eu queria usar o meu próprio exemplo com vocês. Eu fiquei 48 anos sem fazer exercícios. 48 Eu comecei a fazer exercício quando eu vi que meu peso tinha passado de todos os limites no início do convite e hoje exercício para mim é uma coisa assim, sabe? Assim é tão importante quanto tomar banho, sabe? É tão importante quanto tomar banho. Então se você que tá me ouvindo não faz exercício, cara, usa esse meu exemplo de quem nunca fez nada e vira essa chave. Porque uma das melhores formas de se evitar o burnout de se evitar você ter isso é você liberar endorfina, fazer exercícios vai aumentar a sua própria disposição. E finalmente, busque ajuda, busque ajuda. Se você vê que realmente a sua irritação está prejudicando o seu trabalho. Se você está com pouca performance, você não consegue dormir, você busca ajuda e você pode buscar ajuda das pessoas que te amam, que estão ao seu redor.
Pode ser dos seus filhos, pode ser do seu parceiro ou parceira ou pode ser até uma ajuda profissional. Mas não ache que você é um assim, um ser supremo no qual você consegue sair de tudo sozinha. Por isso que a gente vive em sociedade, seja uma pessoa ajudando a outra. E quem atua como empreendedor, que projeto nada mais é do que um empreendimento. A tendência de você passar e trabalhar muito próximo daquilo que é o seu limite é muito grande e, naturalmente você pode correr o risco de trazer isso. E é assim depois que você tem o burnout, um burnout sério, ou sofre um acidente, etc., por uma distração estúpida, porque você simplesmente não foi capaz de refletir sobre as condições, muitas vezes pode ser tarde demais. Então é por isso que eu falo seja a vida que a gente tem é uma só, independente da sua religião ou da sua crença. É essa que a gente tem aqui agora e a gente sabe que materialmente, fisicamente, um dia lá acaba e que a gente consiga dar essa manutenção, entender a importância do nosso projeto, mas entender que se a gente não souber nos cuidar como gestores de projeto lá na ponta, a gente não entrega o projeto. Pensem nisso até semana que vem. Um grande abraço a todos. Com mais um 5 Minutes Podcast.