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Olá pessoal! Bem vindos a mais um Five Minutes Podcast. Hoje o assunto volta a ser o Netflix, mas agora sob uma perspectiva um pouco diferente. O que a gente viu nos últimos dias foi realmente uma montanha russa e uma série de desafios que apareceram no Netflix quando pela primeira vez ele reportou uma queda nos assinantes pagos de 200.000 pessoas. Só para dar uma ideia para vocês, isso é algo como 0,1% dos assinantes. E isso fez com que só esse ano o Netflix tivesse a sua valorização caindo de 305 bilhões para 88, 89 bilhões de dólares em pouco mais de quatro meses. Lógico, eu não estou fazendo essa analogia, mas só para vocês entenderem o tamanho. Se a gente imaginar que isso foi só devido a 200.000 o que não é verdade, isso daria quase uma perda de 1,1 milhão de dólares por assinante. Então, o que faz com que uma empresa maravilhosa como o Netflix, uma empresa que eu tenho uma admiração tremenda, uma empresa inovadora, eu acho o Reed Hastings um cara brilhante no produto desde a história dele. Quando então, as fitas de vídeo quanto ao estilo dele de gestão, que é um estilo basicamente do sonhos. Como é que hoje você tem um choque tão dramático de você ter uma queda de 70% no valor da ação? E olha, nós não estamos falando aqui em uma startup. Nós não estamos falando em uma startup que recebeu o primeiro investimento de um investidor anjo. Nós estamos falando numa empresa de muito porte, numa empresa que mesmo depois de toda essa variação, ainda vale 100 bilhões.
E existem. Falando aqui para os brasileiros, muitas e muitas empresas gigantes no Brasil que não valem isso. E o que me chama a atenção é seguinte: E aí? Sabe o que a gente pode aprender com isso? E isso me faz voltar a uma palestra que eu dei algumas vezes na minha época da Bright Line. E eu adoro usar esse exemplo, que é um gráfico que vocês vão achar na internet, que compara a evolução do faturamento do Netflix com a Blockbuster, pegando ali do ano 2004, 2005 até o ano 2010 e mostra a queda abrupta e vertiginosa da Blockbuster com relação ao Netflix, que simplesmente reinventou o negócio. E sempre depois desses slides, para quem assistiu essa palestra, eu colocava um desenho embaixo no slide seguinte, com o desenho do Apple TV Plus, do Disney Plus, do HBO Max. E eu falava assim será que o Netflix não vai estar na posição da Blockbuster daqui a alguns anos? E por que eu fiz isso? Era para incitar, não o brilhantismo da inovação dessas mudanças, mas para mostrar como toda a natureza dos negócios, dos projetos que a gente vive hoje é extremamente volátil e extremamente. Então eu queria falar para você o seguinte o que são os três aprendizados? Porque quando eu vi isso e o meu colega Tahirou, que trabalhou comigo na Bright Light, me mandou um e-mail e falou Ricardo, você acredita que o Netflix caiu esse tanto que conseguiu se desmoronar em poucos dias a ação, vamos dizer, perdeu ele 70% do seu valor.
E ele falou isso. Lembra que a gente falava sobre essa possibilidade. Não que eu seja dono de nenhuma bola de cristal, mas o que eu queria levar de aprendizado com isso? A primeira coisa é o seguinte a gente tem que prestar atenção nos pontos de inflexão. Então que isso faz com que o Ricardo pense com que todos vocês devam pensar o seguinte pode ser que esse seja um ponto de inflexão para o Netflix. Pode ser que esse seja um ponto de inflexão para o streaming. Está certo, é um ponto de inflexão como esse pode acontecer de repente no seu trabalho, no seu negócio, no tipo de trabalho que você faz. Então eu digo assim eu sou bastante paranóico. Eu fico o tempo inteiro pensando o seguinte no trabalho que eu faço, eu estou conseguindo ver algum ponto de inflexão. Recentemente eu li, até fiz esse comentário, o livro da Rita McGrath, uma gráfica que eu adorei, chamado Seen Around Corners, ou vendo através das esquinas. E ela fala muitíssimo bem o seguinte que a gente tem que notar a gente tem que ter capacidade de perceber esses pontos de inflexão. Então, agora, por exemplo, o Netflix já está falando na possibilidade de perder mais 2 milhões de usuários agora em julho. Então, como é que vai ser? O que vai acontecer o Netflix hoje? Se a gente vê essa últimas semanas cancelando shows, aquela cultura de liberdade dentro dos funcionários, como é que vai ser isso? Eu queria inclusive ver.
Provavelmente nós vamos ouvir um pouco sobre isso mais no futuro. Mas para entender os seguinte, que aquela inovação na gestão, que é uma gestão simplesmente maravilhosa, vai mudar. A segunda coisa que é um aprendizado para mim, é que as iniciativas e os projetos que a gente faz, principalmente aqueles projetos que são transformartivos, aqueles projetos onde você está fazendo uma transformação num negócio, uma transformação da tecnologia, por exemplo, as pessoas de tecnologia etc. Elas se assemelham muito mais como uma montanha russa que até o título desse podcast do que como a auto estrada. Ou seja, ela é muito mais acentuada nas curvas, no sobe e no desce, no risco, na adrenalina do que aquela autoestrada onde você está ali numa velocidade constante, onde todas as curvas são lentas, suaves, estáveis e previsíveis. E isso eu já tinha falado muito e eu falei isso 1 milhão de vezes. Quando a gente fala tanto em modelos ágeis, quando a gente fala agora no PMBOK 7 sobre a necessidade de adaptar a necessidade de você pensar de uma forma sistêmica, a necessidade de você entender a complexidade e a volatilidade que a gente vive. E o terceiro final eu acho que esse para mim é o mais importante. Eu acho que esse é que eu quero deixar vocês pensando. É uma coisa que eu tenho, como vamos dizer, uma citação forte até para o que eu faço é: não acredite que o sucesso que você teve no passado é uma procuração para o seu sucesso futuro.
Ou seja, não acredite que a deu tudo muito certo até agora. Então, é só continuar fazendo a mesma receita que o sucesso futuro vai acontecer. Já foi o tempo que isso era verdade. Hoje os pontos de inflexão são tão grandes que a gente tem um desafio muito maior. Então é sempre está pensando nisso, seja do ponto de vista empresarial, seja do ponto de vista do seu projeto, da sua iniciativa. Ou seja, não é porque seu projeto estava maravilhoso até agora que ele vai continuar maravilhoso, porque o seu projeto, a sua iniciativa, pode encontrar um ponto de inflexão tão dramático como esse do Netflix que pode né, nós vamos aguardar os próximos acontecimentos, mas pode inclusive mudar todo um segmento. Sem dúvida nenhuma gente é isso, não é, quem sou eu aqui para fazer qualquer crítica ao Netflix. Eu acho uma empresa espetacular. Sou um cliente, acho eles brilhantes. Mas isso só para a gente ter um exercício de humildade para você vê que até as empresas brilhantes vivem esses pontos de inflexão, não é só aquela empresa tradicional, aquela empresa estável, que sofre uma ruptura. Nós estamos vendo aqui um exemplo de uma ruptura em um disruptor. Então, acho que é isso que a gente precisa pensar.
Uma ótima semana para vocês. Até semana que vem, com mais um Five Minutes Podcast.